PGR esclarece que inquérito às suspeitas sobre Costa foi aberto a 17 de outubro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu esta sexta-feira que a instauração do inquérito que envolve António Costa remonta a 17 de outubro de 2023, antes do comunicado da PGR que confirmava que António Costa estava a ser investigado no âmbito da Operação Influencer.
“Tal instauração, a que o Ministério Público se encontra vinculado por imposição legal sempre que obtém notícia da eventual prática de factos criminalmente relevantes, remonta a 17 de outubro de 2023, tendo decorrido, na circunstância, da atribuição pelo Código de Processo Penal de foro especial ao primeiro-ministro”, esclarece a entidade, em comunicado enviado às redações.
A PGR argumenta que “sem prejuízo da ocorrida autonomização, a conexão existente entre a factualidade subjacente aos dois inquéritos justifica e exige que a investigação de ambos prossiga articuladamente”.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, “as diligências integrantes da operação desenvolvida esta semana e o material probatório recolhido no seu âmbito, incluindo o acervo documental e digital, demandam exaustiva análise”.
“Sem descurar essa exigência, as investigações prosseguirão com as necessárias diligência e celeridade, visando o seu encerramento no mais curto prazo”, acrescenta.
António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o nme do primeiro-ministro como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.
No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.