Pesquisas no Google sobre ansiedade atingem níveis recorde no início da pandemia, diz estudo norte-americano

A procura por informações relacionadas com ansiedade grave atingiu níveis recorde em Março, altura em que a pandemia da Covid-19 foi declarada, pela primeira vez, uma emergência nacional, revela um novo estudo conduzido por investigadores do Instituto Qualcomm da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Os investigadores analisaram o Google Trends, uma ferramenta do Google que mostra os termos mais pesquisados, com uma margem de 16 anos para palavras como “ansiedade” ou “pânico” em combinação com “ataque”, tais como “ataque de pânico”, “sinais de ataque de ansiedade”, “sintomas de ataque de ansiedade”, entre outros.

De acordo com o estudo publicado esta segunda-feira na revista médica JAMA Network Open, a maioria das pesquisas ocorreu entre 16 de Março – pouco tempo depois de o Presidente Donald Trump ter declarado emergência nacional (a 13 de Março) – e 14 de Abril.

Neste sentido, as pesquisas relacionadas com ansiedade foram cerca de 11% mais elevadas do que o habitual durante os 58 dias seguintes a 13 de Março, lê-se nos resultados da publicação.

Neste período, houve cerca de 3,4 milhões de pesquisas por ansiedade – cerca de 375.000 mais do que o habitual, de acordo com os investigadores que trabalharam em colaboração com a Universidade Johns Hopkins, Barnard College e o Institute for Disease Modeling.

A equipa descobriu ainda que em Maio, altura em que concluíram a análise, as pesquisas voltaram aos níveis normais – um sinal de que os americanos poderiam “ter-se tornado mais resistentes às consequências sociais” do coronavírus, indica ainda o estudo.

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