Pequim fecha os olhos à inflação apesar do disparo nos preços ao produtor

O Banco Popular da China publicou esta semana o seu relatório trimestral sobre política monetária, onde fica claro que a instituição financeira tem várias prioridades, mas só no fim da lista elenca a inflação como uma delas.

Para Pequim o verdadeiro problema reside no facto de “o consumo dos residentes ainda ser bastante limitado, a par da falta de investimento, condições-chave para que possa haver mais crescimento económico”.

O relatório salienta, no entanto, que tem perfeita noção do aumento da inflação global, “como, aliás, é percetível através do aumento nas últimas semanas dos preços das matérias-primas”.

O PBOC lembra ainda que as PME (não tuteladas pelo Estado) “ainda enfrentam sérias dificuldades, pelo que garantir a manutenção do emprego continua a ser um grande desafio para a nossa economia”.

A economia chinesa cresceu 18,3% durante o primeiro trimestre de 2021, face ao período homólogo do ano passado.

O rendimento dos títulos públicos chineses a 10 anos manteve-se acima dos 3,1%. Pequim disse, na terça-feira, que os preços ao produtor no mercado chinês subiram 6,8% em abril, um crescimento nunca visto desde há três anos.

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