Pedidos de emprego aumentam 30% em fintech depois de anunciarem semana de quatro dias de trabalho
Ryan Breslow, fundador da Bolt, decidiu que queria implementar uma semana de trabalho permanente de quatro dias na empresa, e os resultados do programa piloto de três meses traduziram-se num significativo aumento da produtividade.
A Bolt lançou um programa experimental de cerca de 90 dias, atribuindo aos funcionários a hipótese de verem a semana de trabalho compactada de acordo com a gestão particular de cada um e, de acordo com o feedback dos funcionários, o resultado não podia ser melhor. Ryan Breslow, implementou a política em janeiro para 600 funcionários da empresa e os pedidos de emprego dispararam 30% a cada mês.
“As pessoas sentem-se muito orgulhosas de poder trabalhar na Bolt”, disse Jennifer Christie, a Diretora de Recursos Humanos da Bolt, ao ´Business Insider`, explicando que esta mudança aconteceu sem que a fintech precisasse de parar de funcionar, ainda que tenham sido muitos os desafios que os líderes e as equipas enfrentaram durante o processo.
A primeira decisão fundamental foi perguntar aos funcionários qual o dia que gostavam de ter livre e, em seguida, foram informados do projeto piloto de três meses, mediante um ajuste dos seus horários. Os trabalhadores mudaram as reuniões de segunda a quinta-feira e as equipas adaptaram-se a novas ferramentas para não cancelar reuniões, transformando-as em “formatos como e-mails ou vídeos que poderiam ser vistos a qualquer momento”, acrescentou Christie.
Os funcionários também foram questionados sobre em que tarefas consideravam que o seu tempo estava a ser desperdiçado ou quais os gastos que eram feitos na empresa e não os ajudavam a alcançar os objetivos. No entanto, a mudança não foi totalmente pacífica, uma vez que, 15% dos empregados disseram ter encontrado “desafios voltados para o exterior” como planear reuniões com potenciais clientes.