Parques eólicos offshore podem produzir mais energia do que é necessário
A energia gerada através de turbinas eólicas no meio do oceano será mais do que suficiente para responder às necessidades de consumo a nível mundial. Quem o garante é a Agência Internacional de Energia (IEA), segundo a qual os parques eólicos offshore deverão ser capazes de produzir mais electricidade do que aquela de que o planeta precisa. Estaremos mesmo perante uma nova revolução energética.
«A energia eólica offshore fornece, actualmente, apenas 0,3% da geração global de energia, mas o seu potencial é vasto», garante Fatih Birol, director executivo da IEA. Citado pelo The Guardian, o responsável indica que este tipo de parques representa uma oportunidade de negócio para grandes empresas na área da engenharia, mas também para gigantes do petróleo e gás, uma vez que têm experiência em ambiente offshore: «A nossa análise mostra que 40% do trabalho na construção e manutenção de parques eólicos ofsshore apresenta sinergias com empresas de petróleo e gás.»
Para que o potencial desta alternativa seja atingido basta que sejam construídos parques nas regiões mais ventosas junto à costa – não é necessário instalar turbinas em todo o oceano. Segundo a IEA, a construção de parques offshore a um máximo de 60 quilómetros da costa, em zonas onde a profundidade da água não vai além dos 60 metros, poderá resultar na produção de 36 mil terrawatt-hora de electricidade renovável por ano. Actualmente, o planeta exige 23 mil terrawatt-hora, pelo que a produção destes parques ultrapassaria a procura.
O mesmo estudo da IEA prevê que a capacidade de produção eólica da União Europeia cresça de cerca de 20 gigawatts para perto de 130 em 2040. Caso sejam fechados acordos mais apertados relativamente às alterações climáticas, poderá chegar mesmo aos 180 gigawatss, no prazo de 20 anos.
Porém, é na China que se verifica o maior potencial: aqui, a previsão de crescimento aponta para um salto d4 gigawatts actualmente para 110 em 2040.