“Pandemia veio acelerar um processo inevitável de adesão às encomendas online”, diz Diretora de Marketing e Comunicação da DPD Portugal

A pandemia da Covid-19 veio alterar bastante o paradigma das entregas, assim como agravar a dificuldade em recrutar e manter os recursos humanos. A DPD, empresa internacional de entrega de encomendas, teve de alterar procedimentos e adotar outros para fazer frente a estas mudanças.

Deste modo, recorreu a um aumento substancial do recurso a processos que viessem facilitar a informação total ao consumidor e ao desenvolvimento de uma rede de lockers (cacifos eletrónicos para levantamento de encomendas) que permitiu aos compradores terem uma alternativa à entrega em casa, com horários muitíssimo alargados, e que vieram complementar a já existente oferta de lojas Pickup. Mesmo assim, o contexto pandémico também levou a um crescimento das compras o que levou a um crescimento da DPD perto de 13% ao ano em 2020 e 2021.

Fazendo um balanço dos últimos anos e falando do futuro da empresa, Carla Pereira, Directora de Marketing e Comunicação da DPD Portugal, explicou à ‘Executive Digest’ que “o comércio eletrónico já começava a conquistar muitos consumidores, quer pela conveniência associada ao processo, como pelo maior leque de opções disponibilizadas” mas “a pandemia veio contribuir para que mais e mais pessoas começassem a optar por esta via para efetuar as suas encomendas: em algumas semanas, as compras online cresceram o equivalente a três e cinco anos”.

Para enfrentar os novos desafios trazidos pela pandemia, a responsável explica que a DPD reforçou a oferta out-of-home, e fortaleceu a operação em momentos-chave como Black Friday e do Natal. “No ano passado, por exemplo, a DPD entregou cerca de 2,8 milhões de encomendas na peak season – entre 24 de novembro e 24 de dezembro –, tendo aplicado medidas estruturais para dar resposta ao fluxo de entregas, entre elas a contratação de mais de 600 colaboradores nas áreas da triagem e entrega de encomendas e no Serviço a Clientes.”

Sobre os resultados da empresa em Portugal, Carla Pereira classifica-os como “bons”. A empresa registou um crescimento de 12,1% da faturação, traduzindo-se em 88,5 milhões de euros em 2021.

“Este resultado corresponde a um total de 23,8 milhões de encomendas entregues (um aumento de 10,8% face a 2020). Ainda no que diz respeito ao mercado português, podemos destacar um aumento do volume de encomendas em 14%, comparativamente a 2020. O crescimento anual do segmento B2C tem sido, também, substancial, particularmente no mercado doméstico (+16% em receitas), já representando cerca de 44% do total da faturação.”

No que toca ao futuro, Carla Pereira acredita que “a pandemia veio acelerar um processo inevitável de adesão às encomendas online e a outras alternativas de entrega além do tradicional transporte até às moradas dos consumidores, processo este que continuará a expandir-se e a conquistar, cada vez mais, a preferência dos e-shoppers, para além de contribuir para um setor cada vez mais descarbonizado, com base em soluções e recursos sustentáveis”.

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