“Os que alertam têm espírito de autopreservação”: Rússia emite aviso aos países ocidentais que preparam guerra contra Moscovo

Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, emitiu um alerta aos países que se preparam para uma potencial guerra com Moscovo. Na conferência de imprensa na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque (Estados Unidos), o responsável russo comentou os apelos de várias nações ocidentais aos seus cidadãos para que se preparem para um conflito com Moscovo, garantindo que espera “que aqueles que alertam sobre a necessidade para se preparar para a guerra com a Rússia ainda têm instinto de autopreservação”.

Recorde-se que Joe Biden, presidente americano, alertou que se os Estados Unidos não conseguirem continuar a apoiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia, Washington e o Ocidente correm o risco de serem puxados “diretamente” para uma guerra com Moscovo.

“Não temos qualquer desejo, nem necessidade nem militar, nem política nem económica, de atacar alguém em qualquer lugar”, frisou Lavrov, na passada quarta-feira, citado pelo jornal russo ‘Pravda’.

O Kremlin já rejeitou as preocupações sobre futuros conflitos com o Ocidente, inclusive após uma reportagem do jornal alemão ‘Bild’, que garantiu que Berlim estava a preparar as suas forças armadas para um futuro ataque de Moscovo. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, considerou na altura as previsões como “um poderoso horóscopo”.

De acordo com os responsáveis alemães, em novembro último, a NATO deveria estar preparada para uma grande guerra com a Rússia dentro de entre 5 e 9 anos. Já os serviços de inteligência estrangeira da Estónia estimaram esse prazo entre 3 e 5 anos, acrescentando a preocupação de que os estados bálticos – Estónia, Lituânia e Letónia – sejam considerados “a parte mais vulnerável da NATO” pelo Kremlin.

A NATO já tomou medidas para reforçar as suas próprias defesas: a aliança atlântica anunciou a operação ‘Steadfast Defender 2024’, o maior exercício militar desde a Guerra Fria, onde estão incluídos 90 mil soldados aliados e que vai decorrer na Polónia, que faz fronteira com a Rússia.

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