Orbán desafia UE e TPI e convida Netanyahu a visitar Hungria com total imunidade

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, revelou esta sexta-feira que vai convidar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar a Hungria, apesar do mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), uma medida que considerou “cínica”, deixando claro que Budapeste não vai cumprir a sua obrigação de o prender se visitar território húngaro.

Orbán indicou, em declarações à estação de rádio ‘Kossuth’, que o líder israelita teria imunidade se visitasse o país, salientando que a ordem do TPI representa “uma interferência num conflito sob o pretexto da lei, mas motivada por motivos políticos”.

“Não temos outra opção senão opor-nos a esta decisão”, salientou, apesar de o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança Comum, Josep Borrell, ter lembrado que a ordem do tribunal é “vinculativa” para os 27, uma vez que fazem parte do Estatuto de Roma.

No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, ignorou a recomendação e telefonou ao seu homólogo israelita, Gideon Saar, para deixar claro que considera a decisão do TPI “vergonhosa e absurda”.

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