Operação Limpeza Profunda: Funcionários do aeroporto de Lisboa tinham tabela de preços para ‘cooperar’ com redes de tráfico de droga

A Operação Limpeza Profunda, da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico (UNCTE) da Policia Judiciária (PJ), tem visto várias fases desde que foi desencadeada, em 2022, a mais recente das quais a 10 de março, que viu quatro funcionários do aeroporto de Lisboa serem detidos por suspeitas de colaboração com redes de tráfico de droga.

Os últimos quatro detidos, capturados na última fase da operação, têm entre 21 e 29 anos e trabalham nas limpezas e ‘handling’ do Aeroporto Humberto Delgado.

Em causa estava o facto de terem sido ‘apanhados’ a retirar malas de um voo que tinha chegado a Lisboa, vindo da Gâmbia, com 55 quilos de cocaína (com um valor comercial estimado de 1,6 milhões de euros).

Dois dos detidos acabaram por confessar à PJ que tinham recebido 10 mil euros cada um da rede de tráfico que os contratou. Os outros funcionários do aeroporto, que seriam o intermediário e o que ia conduzir a carrinha com as malas para fora do aeroporto, não revelaram que valores terão recebido.

Desde 2022 que já 18 pessoas foram detidas no âmbito da Operação Limpeza Profunda. Nas fases anteriores, também os detidos admitiram ter uma ‘tabela de preços’ com os valores que pediam às redes de tráfico para serem ‘comprados’.