Operação Influencer: Marcelo não se arrepende de declarações sobre Costa no Conselho Europeu e defende pacto na Justiça

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje que não se arrepende das declarações em que afirmou que um português estaria “mais perto do Conselho Europeu”, em referência ao facto de o Tribunal da Relação ter concluído que as suspeitas e “alusões” dirigidas ao ex-primeiro-ministro na acusação do Ministério Público, no âmbito da Operação Influencer, “nunca foram concretizadas”, o que abriria um caminho para a Europa para o antigo governante.

“O único comentário que fiz foi um comentário político, genérico, que me parecia estar mais provável ou mais próxima a hipótese de haver um português, obviamente o anterior primeiro-ministro, à frente do Conselho Europeu”, indicando que a situação era, efetivamente, mais provável com “os dados mais recentes”, e garantindo ter agido “dentro dos limites”.

“É um juízo de análise”, continuou o Presidente da República. Questionado sobre se se arrependia, sublinhou: “Não, pelo contrário. Acho que disse o que todos os portugueses sentiram, é uma realidade em aberto.”

PR defende pacto na Justiça
Marcelo, ainda sobre a questão das considerações sobre os tribunais, voltou a defender um pacto na Justiça. “Falei nisso na posse do Governo, falei nisso umas semanas antes dos 50 anos da Justiça portuguesa em democracia, promovi um pacto que foi celebrado entre 2016 e 2017 entre todos os operadores de justiça. Infelizmente depois não teve a sequência política”, indicou.

“Como sabe isso implica que os responsáveis políticos o traduzam em leis ou em medidas administrativas”, continuou o Presidente, acrescentando que continua “a achar que o pacto faz sentido neste momento”

O que disse Marcelo
Após a decisão do Tribunal da Relação sobre o caso da Operação Influencer, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou na quarta-feira a sua convicção de que António Costa está mais perto Portugal no Conselho Europeu. Esta posição surge após o tribunal ter concluído que as suspeitas e “alusões” dirigidas ao ex-primeiro-ministro “nunca foram concretizadas”.

“Reitero de forma diferente um comentário anterior, que é mais político do que jurídico: tenho a sensação de que se torna cada vez mais provável a presença de um português no Conselho Europeu neste próximo outono em Bruxelas”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira à tarde, citado pelo Expresso.

Costa, recorde-se mantém-se como um dos nomes em destaque para o cargo europeu, tendo recebido elogios tanto de Marcelo Rebelo de Sousa como do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. O atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, sugeriu a possibilidade de Portugal apoiar a candidatura de Costa ao cargo, embora ainda não tenha confirmado esse apoio.

“Não vou comentar as decisões de justiça, mas repito de uma outra forma um comentário que já fiz que é mais político”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, dando essa indicação de uma forte probabilidade de haver um português no Conselho Europeu.

Em dezembro de 2023, o Presidente da República desejou que o ex-primeiro-ministro, António Costa, “estivesse em condições de ter um lugar na Europa” como presidente do Conselho Europeu.

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