Operação Influencer: DCIAP ignora cinco pedidos do ex-ministro João Galamba para ser ouvido

João Galamba já pediu, em cinco ocasiões, para ser ouvido no âmbito da Operação Influencer, relata esta sexta-feira o jornal ‘Expresso’: os pedidos do ex-ministro das Infraestruturas foram sempre recusados ou ignorados pelos magistrados do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

O jornal semanário refere ainda que Nuno Lacasta, ex-presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), também já pediu formalmente para ser ouvido, algo que ainda não aconteceu. João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Presidência, não fez qualquer pedido.

Segundo a publicação, o facto de os três arguidos ainda não terem sido ouvidos, quando passam quase oito meses, é uma “situação frequente”: “É sinal de que o Ministério Público não finalizou a análise da prova recolhida nas buscas para poder confrontar os arguidos com os factos que considera suspeitos”, indica.

A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.

Existem ainda outros arguidos, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.

O caso está relacionado com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus.

Em causa está também a exploração de lítio em Montalegre e de Boticas (ambos distrito de Vila Real), com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados em Sines pela sociedade Start Campus.

Ler Mais