OMS crê que mutações não afectam eficácia das vacinas contra a Covid-19. Há 200 em desenvolvimento
A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, declarou, num vídeo divulgado na página oficial da OMS na rede social Twitter, que as mutações do novo coronavírus não deverão influenciar a eficácia de uma vacina.
No entanto, Swaminathan chamou a atenção para a imprevisibilidade da doença. «Os vírus continuam a mudar e nós temos de estar atentos a isso.»
Actualmente, segundo um levantamento feito pela OMS, existem cerca de 200 vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento em todo o mundo. Há 10 em fase de testes em humanos – quatro nos Estados Unidos, cinco na China e uma no Reino Unido – e 126 em fase pré-clínica.
No entender de Swaminathan, a vacina é «a melhor forma» de vencer a pandemia. «É evidente que uma vacina seria a melhor forma de sair desta pandemia. Se conseguirmos vacinar pessoas suficientes – digamos que 50% a 60% das pessoas ficam imunes – o vírus pode deixar de se propagar entre humanos», considerou.
«O desenvolvimento de uma vacina demora normalmente dez a vinte anos. Neste caso, estamos a falar do desenvolvimento de uma vacina em doze a dezoito meses, mas temos de ter a certeza de cada passo que damos para estabelecer que esta vacina funciona», sublinhou ainda.
Por outro lado, a responsável da OMS considera que deve existir um consenso sobre a distribuição da vacina. «Não queremos estar numa situação em que existe uma vacina que não estão disponível para todos. É aqui que entra a solidariedade global.»
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infectou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço realizado pela agência “France-Presse”, feito a partir de dados oficiais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Notícia actualizada com mais informação às 14:45