OE2022 tem medidas “insuficientes e curtas”, diz Secretária-Geral da AHRESP

No último inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) relativamente a maio de 2022, foi concluído que o impacto da guerra e a pressão inflacionista já atingiu 94% das empresas de restauração e 52% das empresas de alojamento, para além do aumento de 50% dos custos operacionais, que não se refletiu nos preços de venda, que apenas registou um ajuste até aos 15%.

 Em reação a estes números, na conferência da associação, Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP, disse lamentar o facto de muitas das medidas sugeridas não terem sido tidas em conta no Orçamento do Estado para 2022. “O OE contempla algumas medidas, mas, do nosso ponto de vista, muito insuficientes e curtas e não vão resolver de maneira alguma os problemas que as empresas estão a sentir perante a pressão inflacionista”.

Para Ana Jacinto, as medidas essenciais para as empresas reporem as suas finanças passavam por diminuir a carga fiscal, sobretudo nos encargos laborais, e reduzir temporariamente a taxa do IVA para a taxa mais reduzida, que consequentemente preparariam os negócios do setor para o pós-verão “que não está assim tão distante”.

“É essencial diminuir diminuição da carga fiscal, sobretudo nos custos laborais: sabemos que um dos problemas que temos é a falta de trabalhadores e este problema não se resolve só numa dimensão. Para conseguirmos remunerar melhor, temos de ter melhor capacidade financeira e essa capacidade não existe porque não temos tesouraria e a carga fiscal é enorme sobre os custos laborais”, explicou.

“Não vamos ter um país a crescer se não tivermos o Turismo a crescer”, concluiu Ana Jacinto.

Veja as declarações da Secretária-Geral da AHRESP na íntegra.

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