O que se sabe sobre recessões (incluindo a próxima)

Primeiro que tudo, é uma nova recessão inevitável? Sim. Segundo a Bloomberg, os períodos de expansão económica são sucedidos por recessões e vice-versa, pelo que não é possível escapar a uma eventual quebra. A grande dúvida está na duração e severidade da recessão.

Olhando apenas para os Estados Unidos da América, os economistas apontam uma probabilidade de um em três de o país entrar em recessão já no próximo ano. Mas será que uma recessão nos EUA é sinónimo de recessão global? Não necessariamente. A mesma agência noticiosa indica que os EUA passaram por 11 recessões de o fim da Segunda Guerra Mundial, ao passo que o Fundo Monetário Internacional conta apenas quatro a nível mundial desde 1960.

Quanto aos factores que originam uma recessão, verificam-se mudanças ao longo dos tempos. Antes da Primeira Guerra Mundial, a culpa era dos impulsos no investimento e dos pânicos financeiros. Actualmente, basta uma subida acentuada no preço do petróleo. No fundo, qualquer choque inesperado, tal como explica Christina Romer, que liderou o Council of Economic Advisers do presidente Barack Obama.

A classificação da recessão, por seu turno, depende de aspectos como a duração: em 1980, os EUA passaram por uma recessão de apenas seis meses; décadas depois, viram a economia estagnada entre 2007 e 2009, a maior recessão desde a Grande Depressão. Segundo a Bloomberg, as piores costumam ser aquelas que surgem lado a lado com crises financeiras, resultando em níveis elevados de desemprego, por exemplo.

Apesar de todos estes dados recolhidos, é impossível saber se a próxima recessão será mais ou menos dura. Ainda assim, no início do ano, o Fórum Económico Mundial alertou para o facto de a dívida global rondar os 225% do PIB, valor significativamente mais elevado do que o registado imediatamente antes da última crise financeira.






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