O que mostra o Twitter quando se discute racismo? «Trump», diz jornal britânico
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surge à cabeça dos resultados quando o assunto na rede social Twitter é «racismo», escreve o jornal inglês “The Independent”, assegurando que «outros utilizadores reportaram o mesmo resultado».
O órgão de comunicação ressalva que «não é claro o porquê de o algoritmo de pesquisa do Twitter promover este resultado». O “The Independent” garante que tentou contactar o Twitter, mas não avança qualquer esclarecimento.
Esta notícia surge a meio de uma polémica entre Trump e o Twitter. A rede social bloqueou uma mensagem de Donald Trump, justificando a sua atitude por causa da «glorificação da violência». A publicação não foi apagada, mas sim substituída por um aviso, que quando clicado pelo utilizador permite visualizar o tweet de Trump, que reagia à terceira noite de protestos em Minneapolis, devido à morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos que morreu às mãos da polícia, afirmando que o exército está pronto para intervir.
Na mesma mensagem, o Presidente dos Estados Unidos chamou os protestantes de «marginais», avisando que «quando as pilhagens começarem, os tiros vão começar».
Já na passada terça-feira, recorde-se que, pela primeira vez, a rede social assinalou dois textos do chefe de Estado norte-americano com um link de «verificação de factos», por considerar que as afirmações de Trump, relacionadas com o voto por correspondência nas presidenciais de Novembro nos Estados Unidos, são «infundadas» e até «potencialmente enganosas».
Trump não tardou a reagir: «O Twitter está a interferir nas eleições presidenciais de 2020. Dizem que a minha declaração sobre o voto pelo correio vai provocar actos de corrupção e fraude, é incorrecto, baseando-se em verificações de notícias falsas».
Um dia depois voltou à carga: «Não podemos permitir que a votação por correspondência se enraíze no nosso país. Isso representará um cheque em branco para a fraude, falsificação e roubo de votos». «Aqueles que melhor defraudarem, podem ganhar. Da mesma forma, para as redes sociais. Voltem aos eixos, AGORA!!!!».
No final da semana, o líder norte-americano assinava uma ordem executiva sobre as redes sociais, que visa cortar-lhes poderes. Esta medida visa «defender a liberdade de expressão perante um dos maiores perigos com que esta se depara na História da América», afirmou, citado pela “CNN”.
«Uns quantos monopólios das redes sociais controlam uma vasta porção de todas as comunicações públicas e privadas nos Estados Unidos», acusou, sublinhando que «têm um poder ilimitado para censurar, restringir, editar, moldar, ocultar e alterar praticamente qualquer forma de comunicação entre os cidadãos e grandes audiências de opinião pública».