O Natal também pode ser uma boa altura para presentes financeiros? Conheça alguns aqui

Para muitas famílias, 2023 será um ano de contenção. Porque não aproveitar o subsídio de Natal para oferecer um presente financeiro e insensitivar a poupança?

De acordo com o especialista em produtos de poupança da Deco Proteste, António Ribeiro este pode ser “um passo de gigante para incentivar uma poupança de longo prazo, ajudar a planear as finanças de amigos ou familiares ou, até, despertar o interesse dos mais novos”.

Assim existem várias opções sugeridas pela Deco que podemos adotar, conheça aqui quais as vantagens de algumas delas e as razões pelas quais deve ou não optar por determinado tipo.

Para curto e longo prazo, estratégias diferentes

De forma a manter as finanças pessoais de boa saúde, deve, antes de tudo, separar as águas: definir uma poupança de curto prazo, para fazer face a imprevistos – neste caso, os Certificados de Aforro cumprem bem esse papel –, e uma poupança de longo prazo, para objetivos mais longínquos, como a reforma.

Os PPR são uma boa solução. Por exemplo, se receber um salário extra de 2500 euros, pode aplicá-lo num desses produtos ou então reparti-lo por dois ou mesmo três, como certificados, um PPR, de acordo com a sua idade consoante a sua predisposição para o risco.

Aprender a poupar desde pequeno

Grande parte dos pais coloca as poupanças dos filhos nas tradicionais contas-poupança que alguns bancos disponibilizam para os mais novos. Todavia, o rendimento é muito baixo: entre 0 e 0,18% líquidos. Esta é a remuneração mais alta proporcionada pela Conta Poupança Com Futuro a 12 meses, do EuroBic, segundo avaliação da Deco.

Embora tenham elevada liquidez e sejam bastante simples, não se acomode a estas soluções. Como se trata de uma poupança, em muitos casos, de médio e longo prazo, não são a melhor forma de rentabilizar o dinheiro amealhado, mas podem, no entanto, ter o propósito de permitir reunir o capital necessário para investir em outros produtos.

Certificados de aforro

Com um certificados de aforro pode obter a segurança do Estado com um mínimo de 100 euros.

Neste caso, tudo depende também do objetivo da poupança. Se quiser oferecer a prenda a uma criança já com 13 anos ou mais, por exemplo, esse dinheiro será para utilizar aos 18. Por isso, não corra riscos e opte por este produto de dívida pública. Bastam 100 euros para subscrever.

Os juros são pagos trimestralmente e capitalizam, ou seja, são integrados no capital, por um prazo máximo de 10 anos. Outra vantagem é terem elevada liquidez, dado que, após os primeiros três meses, pode resgatar em qualquer altura.

Beneficiam ainda de um prémio de permanência de 0,5% bruto do segundo ao quinto ano. A partir do sexto ano, sobe para 1%. A taxa base da série em comercialização (série E) é de 2,492% bruta, ou seja, 1,8% líquida. Nos próximos meses, por estar diretamente indexado à Euribor a três meses, deverá continuar a subir.

Para subscrever os certificados, basta dirigir-se aos CTT e abrir uma Conta Aforro. Os menores podem também ser titulares, mas estão impedidos de amortizar por si próprios os títulos antes dos 18 anos, exceto se forem emancipados nos termos previstos na lei civil.

PPR sob a forma de fundo, uma boa poupança para maiores de 25 anos

Subscrever um PPR para os filhos pode parecer estranho, sobretudo quando a reforma é um desígnio tão longínquo. Por norma, as pessoas pensam nos PPR já durante a vida ativa e, muitas vezes, só mesmo por volta dos 40.

No entanto, fazer um PPR sob a forma de fundo tem uma mão-cheia de vantagens: pode fazer entregas quando quer e de qualquer montante, com ou sem entregas periódicas e optar por PPR potencialmente mais rentáveis, com investimento parcial em ações, ideal para o longo prazo.

OS PPR têm ainda a vantagem de servirem de uma espécie de reserva em casos de dificuldades inesperadas, pois podem ser resgatados em situações de desemprego e de doença grave, por exemplo.

A maior vantagem, quando se começa cedo a investir num PPR, é o longo período de capitalização, que pode gerar um rendimento milionário. No limite, pode comportar um prazo de aplicação desde o momento em que nasce até à idade da reforma.

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