“O mundo chegou novamente à beira do abismo”: Maior aliado de Putin diz que “há motivos” para Bielorrússia se preparar para a III Guerra Mundial

O Presidente bielorrusso, Alexandre Lukashenko, admite que “há motivos para preocupação” quanto a uma III Guerra Mundial, e que a Bielorrússia, aliada com a Rússia, está a desenvolver planos para “estar preparada tanto quanto possível” para eventuais conflitos de larga-escala.

“O mundo chegou novamente à beira do abismo”, sustentou esta terça-feira numa reunião com membros do Governo em Minsk.

“Devemos estar preparados tanto quanto possível para neutralizar riscos e ameaças”, acrescentou o líder bielorrusso, citado pela agência de notícias estatal BelTA.

As declarações surgem a poucos dias de se assinalaram os dois anos do início da invasão da Rússia à Ucrânia, e perante receios globais de que o conflito se espalhe para além das fronteiras do país. As ameaças de escalada nuclear que têm sido feitas ao longo da guerra, aumentam ainda mais os receios num panorama global marcado por outros conflitos em várias partes do mundo, nomeadamente no Médio Oriente.

Recorde-se que a Bielorrússia, maior aliado do Kremlin, permitiu que as forças russas usassem o seu território para lançar a invasão, a 24 de fevereiro de 2022, com Moscovo também a transferir armas nucleares táticas para o país, bem como mercenários do Grupo Wagner.

Lukashenko referiu o maior exercício militar desde a década de 1990 que a Nato está a desenvolver na Europa, indicando que os serviços secretos de Minsk estavam a “manter o controlo sobre a situação”, alegando que pelo menos 32 mil soldados de Estados-membros da Nato foram “destacados para as imediações da Bielorrússia e da Rússia”.

“Gostaria de caracterizar a fase atual do confronto civilizacional entre o Oriente e o Ocidente da seguinte forma: as máscaras caíram completamente”, terminou o líder bielorrusso.

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