O emprego dos seus sonhos transformou-se num pesadelo? Entenda o porquê e como sair
O início de um trabalho é sempre empolgante, sobretudo em alguns setores e cargos, onde parece que estamos a cumprir o emprego dos nossos sonhos, no entanto passado algum tempo e com algumas tarefas mais aborrecidas esse “brilho” desaparece, porquê?
Um estudo elaborado pelas investigadoras norte-americanas Sandra Spataro da Universidade do Norte de Kentucky e Lisa E. Cohen da Universidade McGill descobriram um conceito chamado Glossy Work, ou seja um tipo de trabalho que aparentemente é visto pela maior parte das pessoas “como coberto por uma espécie de verniz glamoroso, mas que na realidade é árduo e muitas vezes pouco entusiasmante”.
O estudo descobriu que vários indivíduos que trabalhavam em altos postos de gestão e em indústrias mais apetecíveis como a imprensa, o mercado de luxo ou em projetos mais pequenos e com objetivos mais ideológicos como start-ups ambientais, ao final de um determinado tempo acabaram por perceber a diferença entre as expectativas e a realidade quotidiana daquele emprego.
Como referem as investigadoras em entrevista à Fast Company “nem sempre os maiores criadores descobrem o milagre que vai mudar o mundo, na maior parte do tempo trabalham em tentativa e erro, muito erro, são obrigados a fazer contas ao orçamento que têm para investigação, mas cada vez menos as pessoas têm esta noção do mercado de trabalho”.
O que podem e devem fazer os empregadores?
Desde a entrevista de emprego, até aos dias mais “aborrecidos”, os empregadores devem tomar determinadas medidas para precaver este tipo de situações.
Antes de mais, durante o processo de recrutamento, as empresas devem ter cautela com os candidatos que apresentam “ a paixão e o sonho como principais fator de motivação”.
Para além disso as empresas devem esforçar-se por demonstrar sempre o lado mais interessante da função e da missão da empresa, mas também as partes mais árduas. Por fim, os líderes e chefes de equipa devem distribuir as tarefas mais penosas por todos os colaboradores, de forma a evitar a frustração e alimentar a resiliência coletiva dos funcionários.