“O conflito em curso entre Israel e o Hamas continua a manter os investidores nervosos”, alertam especialistas

O conflito entre Israel e o Hamas tem impactado severamente os mercados e os ativos em todo o mundo, pairando a incerteza sobre a sua duração e os estragos que este poderá provocar para o futuro.

“O conflito em curso entre Israel e o Hamas continua a manter os investidores nervosos, embora o impacto nos mercados financeiros até agora tenha sido principalmente limitado a modestos fluxos de refúgio e a uma forte depreciação da moeda local”, explica a Ebury à Executive Digest.

A fintech sublinha ainda que os principais rendimentos das obrigações governamentais também estão a ser negociados em baixa desde o início do confronto, o que poderá representar uma entrada em ativos de baixo risco.

Um escalar do conflito no Médio Oriente poderia significar um refúgio dos investidores em ativos seguros como o dólar ou obrigações governamentais, no entanto, os especialistas consideram que o maior risco para os mercados talvez resida nas matérias-primas.

“Uma escalada do conflito poria em risco o fornecimento de petróleo e poderia fazer subir os preços, especialmente se os principais produtores de petróleo, a Arábia Saudita e o Irão, pegassem em armas”, explicam, acrescentando que este cenário poderá representar um risco adicional para a inflação mundial e poderá garantir que as taxas de juro do banco central permaneçam mais elevadas durante mais tempo.

A Ebury destaca ainda que as comunicações dos membros da Reserva Federal e do BCE na semana passada sugeriram que ambos os bancos centrais já devem ter terminado os seus ciclos de subida, no entanto, esta posição poderá mudar rapidamente caso considerem um forte movimento ascendente nos preços globais do petróleo como uma nova ameaça ao cumprimento das suas metas de inflação.

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