“Nunca iremos reconhecer os referendos ilegais”: Estados-membros da UE condenam anexações. Biden dize que “não têm qualquer legitimidade”

Os 27 Estados-membros da União Europeia emitiram um comunicado conjunto no qual garantem à Rússia que, para o bloco, as quatro regiões que Vladimir Putin anexou oficialmente esta sexta-feira serão sempre territórios da Ucrânia.

“Rejeitamos firmemente e condenamos inequivocamente a anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporíjia pela Rússia”, declaram os 27 em uníssono, garantindo que “não reconhecemos e nunca iremos reconhecer os referendos ilegais que a Rússia orquestrou como um pretexto para mais esta violação da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia, nem os seus resultados falsificados e ilegais”.

Com uma linguagem dura, mas clara, a UE sentencia que “a Crimeia, Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Luhansk são Ucrânia” e apela a que toda a comunidade internacional siga o seu exemplo na rejeição da anexação.

“Fortaleceremos as nossas medidas restritivas para deter as ações ilegais da Rússia”, salientam os Estados-membros, acrescentando que “a Rússia está a colocar em risco a segurança global”.

E a Eu deixa um aviso a Putin: “As ameaças nucleares feitas pelo Kremlin, a mobilização militar e a estratégia de tentar apresentar o território da Ucrânia como sendo da Rússia (…) não abalarão a nossa determinação”.

Do outro lado do Atlântico também já se fizeram ouvir os protestos. Em comunicado, a Casa Branca, liderada por Joe Biden, afirma que “os Estados Unidos condenam a tentativa fraudulenta da Rússia para anexar o território soberano da Ucrânia”.

Ecoando as palavras de UE, Biden frisa que os referendos e os tratados de anexação assinados hoje por Putin “não têm qualquer legitimidade” e que “os Estados Unidos honrarão sempre as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”.

O líder norte-americano diz que “continuaremos a apoiar os esforços a Ucrânia para recuperar o controlo do seu território através do reforço das suas forças armadas e por via diplomática”, recordando que esta semana os EUA anunciaram um novo pacote de assistência da Kiev no valor de 1,1 mil milhões de dólares.

Além disso, a Casa Branca avança também que aplicará novas sanções à Rússia, que “imporão custos a indivíduos e entidades – dentro e fora da Rússia – que forneçam apoio político ou económico às tentativas ilegais para alterar o estado do território ucraniano”.

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