Numa cadeira de rodas e chapéu de palha na cabeça: foi assim que Puigdemont fugiu das autoridades policiais em Barcelona

Carles Puigdemont escapou aos ‘Mossos d’Esquadra’ (polícia da Catalunha) numa cadeira de rodas no banco do passageiro de uma carro e com um chapéu de palha na cabeça para enganar os agentes policiais que se preparavam para prendê-lo após o discurso proferido no Parc de la Ciutadella, na Cidade Condal.

O anúncio foi feito por Eduard Sallent, comissário-chefe dos Mossos, numa conferência de imprensa conjunta em que também deram explicações Joan Ignasi Elena, ministro do Interior, e Pere Ferrer, diretor-geral dos Mossos. De acordo com Sallent, o objetivo dos Mossos era deter Puigdemont respeitando o direito à proporcionalidade e depois de ter proferido o seu discurso, visto que a localização do palco, perto do Parc de la Ciutadella, era a mais adequada para a leitura dos seus direitos e posterior transferência para a Cidade da Justiça.

No entanto, explicou Sallent, “uma massa de pessoas que forma um muro” impediu que os agentes que se aproximavam prendessem o ex-presidente catalão. Puigdemont, juntamente com Jordi Turull, secretário-geral do Junts, aproveitaram a oportunidade para entrar numa tenda e sair dela com um chapéu de palha e entrar num veículo que tinha uma cadeira de rodas no banco do passageiro.

Nesse momento, indicou Sallent, iniciou-se uma perseguição, mas foi perdido o resto do político catalãi, razão pela qual foi lançada a Operação Jaula, que horas mais tarde foi suspenso, para mais tarde ser retomado e novamente suspenso, desta vez de forma permanente.

Sobre o facto de Puigdemont não ter sido preso antes do seu discurso, Sallent afirmou que a multidão que se reuniu em torno do político e a presença de altos funcionários públicos não tornavam a ação aconselhável para garantir a segurança e a ordem pública.

Sallent negou que os Mossos tivessem um acordo com Puigdemont para uma detenção “combinada”, descartando assim uma espécie de traição por parte do ex-presidente da Catalunha, e insistiu que a unidade dos Mossos estava mesmo preparada para a sua transferência para Madrid para testemunhar no Supremo Tribunal.

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