Novos radares quadruplicam multas por excesso de velocidade: Estado arrecada quase 7 milhões de euros em apenas um mês

O número de infrações praticamente quadruplicou desde a entrada em vigor dos 37 novos radares da rede SINCRO, explorados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR): em apenas um mês, foram apanhados 112.744 condutores em excesso de velocidade, um valor muito superior aos 31.327 registados, em média, em cada mês do primeiro semestre.

De acordo com o ‘Correio da Manhã’, as infrações renderam pelo menos 6,74 milhões de euros, se se levar em conta o valor mais baixo da coima em Portugal (60 euros). Com os 61 radares já existentes a proporcionarem 24 milhões de euros em multas, a entrada em vigor dos novos equipamentos vai permitir atingir esse valor em quatro meses. Os radares foram colocados em troços rodoviários que causaram a morte de 115 pessoas nos últimos cinco anos, sendo que o ‘mais ativo’ foi o colocado na EN119, na zona de Foros de Almada, no concelho de Benavente.

Segundo a ANSR, “face ao ano anterior, as infrações duplicaram”, tendo sido “fiscalizados quase 20 milhões de veículos, um aumento de 76% quando comparado com igual período do ano passado”. “A taxa de infração aumentou de 0,29% para 0,57% entre 2022 e 2023, ou seja, por cada mil veículos fiscalizados, seis foram multados este ano, enquanto no ano passado eram apenas três”, referiu a ANSR.

Ao fim do primeiro mês de funcionamento, os novos radares da rede SINCRO permitiu que “os objetivos nas zonas de influência dos novos radares, neste período, foram integralmente atingidos, nomeadamente: uma forte diminuição na velocidade de circulação dos veículos, uma forte diminuição dos veículos em excesso de velocidade e uma sinistralidade rodoviária com índice de gravidade de zero, com zero mortos e zero feridos graves”.