Novo motor hipersónico próximo de se tornar realidade: voos ‘inovadores’ seis vezes mais rápidos do que a velocidade do som estão mais perto

Os voos hipersónicos podem estar de volta: pelo menos essa é a perspetiva de uma empresa aeroespacial dos Estados Unidos, que revelou um novo motor hipersónico que representa “um grande avanço” – a Venus Aerospace, do Texas, está focada em tornar as viagens de alta velocidade uma realidade novamente e anunciou que está a produzir um motor de propulsão avançado que poderá alimentar estes veículos, mas também drones e aeronaves.

A tecnologia hipersónica não é um fenómeno novo – tem sido utilizada em mísseis balísticos, expedições espaciais, bem como nos aviões experimentais da NASA. No entanto, a introdução em voos comerciais ainda não se tornou uma realidade – o mais perto que esteve foram os voos supersónicos do franco-britânico Concorde, que pararam em 2003.

A empresa espera, no entanto, que o motor Venus Detonation Ramjet 2.000lb Thrust Engine, também conhecido como VDR2, permita aos veículos percorrer longas distâncias a grandes altitudes, ao mesmo tempo que atingem velocidades Mach – mais rápida do que a velocidade do som.

A Venus Aerospace disse que o VDR2 ofereceria um único motor que pode chegar a Mach 6, o que equivale a 5.793,6 km/h. De acordo com a empresa americana, o motor deverá ser capaz de sustentar uma velocidade cruzeiro eficiente a Mach 4 em viagens até 8 mil quilómetros, e será concebido para descolar e aterrar em vários aeroportos com um tempo de resposta de 30 minutos.

O motor revolucionário foi apresentado no ‘Up.Summit’, um encontro no estado americano do Arkansas para investidores e líderes da indústria do setor dos transportes. Andrew Duggleby, cofundador da Venus Aerospace, sublinhou que o motor “torna a economia hipersónica uma realidade”. “Estamos entusiasmados com a parceria com a Velontra para alcançar esta revolução no voo de alta velocidade, dada a sua experiência na combustão de ar a alta velocidade.”

Já Eric Briggs, diretor de operações da Velontra, salientou que “mal podemos esperar para fazer o primeiro voar e, finalmente, aperfeiçoar um conceito de motor que viveu principalmente nos livros de texto, mas nunca como uma unidade de produção no ar”.

A Venus Aerospace espera testar o seu motor, utilizando um drone, até 2025. Mas a produção do seu primeiro avião comercial hipersónico, o Venus Stargazer M400, poderá não começar antes da década de 2030.

Assim, um voo entre Londres e Nova Iorque – que distam 5.567 km – que demora, em média, oito horas poderia ser alcançado em menos de uma hora a velocidades de Mach 6. No entanto, não é claro quando é que um avião comercial hipersónico totalmente realizado se tornará realidade.

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