Nova tecnologia chinesa permite que caças ‘desapareçam’ dos radares

Cientistas chineses anunciaram ter desenvolvido uma tecnologia furtiva de plasma de nova geração, que permite que aeronaves de combate ‘desapareçam’ dos radares e não sejam detetadas.

De acordo com o jornal South China Morning Post, em causa está um “dispositivo furtivo de plasma de feixe de eletrões fechado”, podendo ser ligado a qualquer momento e que protege uma aeronave de interceção de um radar.

As informações sobre a tecnologia foram publicadas no The Chinese Journal of Radio Science, e surgem de um projeto de investigação liderado por Tan Chan e uma equipa da Corporação Chinesa de Ciência Aeroespacial.

Tan Chan destaca a “estrutura simples, ampla faixa ajustável de potência e alta densidade de plasma” como vantagens desta tecnologia.

Como funciona? “Quando as ondas eletromagnéticas – como as emitidas pelo radar – interagem com o plasma, fazem com que as partículas se movam rapidamente e colidam, dissipando a energia das ondas e reduzindo a força do sinal refletido”, explicam os cientistas ao jornal chinês.

“Ambos os métodos para alcançar a furtividade através de plasma de baixa temperatura foram submetidos a testes de voo e provaram ser bem sucedidos. Esta interação converte a energia das ondas eletromagnéticas em energia mecânica e térmica das partículas carregadas, diminuindo a força das ondas e, subsequentemente, enfraquecendo o sinal radar refletido de volta.

Atualmente, os caças de guerra furtivos, como o F-22 ou o F-35, usam materiais absorventes de radar e formas geométricas únicas para furtividade, mas estas medidas comprometem a eficácia aerodinâmica.

Este avanço tecnológico surge numa altura em que as tensões geopolíticas entre Washington e Pequim, sobre a supremacia militar no Indo-Pacífico, estão em máximos.

“Prevemos em breve a implementação real desta tecnologia na China”, asseguram os investigadores.

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