Níveis recorde: Nunca se produziu tanta cocaína como agora. Saiba quais são os países que estão a consumir mais

Nunca antes os níveis de produção de cocaína estiveram tão elevados como atualmente em todo o mundo, registando-se um aumento de 35% para níveis recorde, entre 2020 e 2021.

Os bloqueios provocados pela pandemia de Covid-19 que agora praticamente chegaram ao fim estão relacionados com a subida destes níveis, relatada no mais recente relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla em inglês).

Não só foram criados novos centros de tráfico na África Ocidental e Central como se registou um maior uso do correio internacional para enviar droga até aos consumidores, segundo os dados divulgados que justificam este aumento com o maior cultivo da planta e melhorias na conversão da cocaína em pó.

“Globalmente, o uso de serviços de encomenda e de correio cresceu significativamente durante o confinamento provocado pela Covid-19, devido às restrições nos voos de passageiros”, pode ler-se no documento, contabilizando-se uma subida mais acentuada em países da África Ocidental e em pequenas empresas usadas para fazer contrabando desta droga.

No período entre fevereiro de 2020 até julho de 2022 foram documentados, pelo menos, 10 casos onde foram apreendidas grandes quantidades de cocaína (500 gr ou mais) em portos marítimos na Bélgica, Alemanha, Holanda, Portugal e Espanha que se acredita terem saído do Paraguai.

É na Europa e na América do Norte que existem os maiores mercados de cocaína, seguindo-se a América do Sul, Central e Caribe. Contudo, esta é uma área em expansão com previsão de crescimento na África e Ásia, o que pode representar uma “realidade perigosa”, alertam as Nações Unidas. Este receio foi já verificado no Reino Unido, onde se notou um “aumento significativo” nas “encomendas e encomendas rápidas” de cocaína que acabaram por ser apreendidas.

As nações onde o consumo de cocaína é bastante elevado são os Países Baixos, França e Espanha, com a Colômbia a dominar as rotas de tráfico, informa a pesquisa ao relatar que apesar de o consumo na Austrália ter atingido o pico no ano em que a pandemia teve início, caiu 50% em 2021.

Também a Ucrânia aparece neste relatório onde é mencionado que o mercado estava a crescer, contudo, os números diminuíram assim que teve início a invasão russa a 24 de fevereiro de 2022, o que deixou até agora a atividade em suspenso.

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