Chip cerebral de Elon Musk já tem uma nova função: “Permitir às pessoas cegas de nascença ver pela primeira vez”

Uma das áreas onde a tecnologia causa mais expectativa – e investimento – é na medicina e saúde, na procura de soluções muitos melhores às que existem, em particular em termos de próteses e similares.

Um dos empresários mais ativos neste campo é Elon Musk, com a sua empresa de neurotecnologia Neuralink, especializada no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador, ou seja, focada na cura de doenças causadas por falhas ou danos cerebrais através do uso de chips que reavivam conexões neurais.

No início de 2024, a Neuralink implantou pela primeira vez o seu chip cerebral num ser humano, uma conquista que a empresa de Musk demorou muito para alcançar devido às repetidas negações da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, devido aos receios de que a tecnologia seja perigosa para os pacientes.

Depois de vários modelos, a Neuralink obteve aprovação e finalmente conseguiu implantar o chip num homem tetraplégico, que após o implante conseguiu mover um rato de computador com a mente. E em agosto último a empresa conseguiu repetir com sucesso o implante em outro paciente que no caso apresentava lesão medular.

Como Elon Musk explicou no passado, esses chips são projetados para corrigir qualquer deficiência causada por problemas neurológicos, sejam eles motores, auditivos ou visuais. No entanto, a Neuralink destacou que recebeu a aprovação da FDA para começar a utilizar um novo dispositivo para restaurar a visão daqueles que a perderam.

O Blindsight, de acordo com o multimilionário, permitirá ver até mesmo quem perdeu os olhos e o nervo ótico. “Enquanto o córtex visual estiver intacto, ele permitirá até que pessoas cegas de nascença vejam pela primeira vez. Para que as expectativas sejam corretas, a visão inicialmente será de baixa resolução, como os gráficos do Atari, mas com o tempo tem potencial para ser melhor do que a visão natural e permitir ver em comprimentos de onda infravermelho, ultravioleta ou mesmo de radar”, frisou.

Agora ainda falta encontrar um paciente humano, implantar o chip e ver como reagem, mas é sem dúvida um projeto muito promissor e uma novidade que deve deixar muitas pessoas felizes.

Ler Mais