Netanyahu reúne-se hoje com Joe Biden e Kamala Harris antes de se encontrar com Trump

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em visita oficial aos Estados Unidos, vai reunir-se esta quinta-feira (às 18 horas) com o presidente Joe Biden e com a vice-presidente – e mais do que provável candidata democrata à Casa Branca, após a renúncia de Biden – Kamala Harris.

Biden e Netanyahu deveriam ter-se reunido esta terça-feira, mas o responsável americano estava a recuperar de uma infeção da Covid-19.

Um dos pontos centrais da agenda do encontro entre os líderes são um esperado avanço e definição nas conversações sobre as negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza. Os EUA têm pressionado, como principal aliado de Israel, que seja concluído um acordo após quase dez meses desde o início da guerra.

Já Kamala Harris, de acordo com os assessores da vice-presidência, vai reforçar junto do primeiro-ministro israelita o compromisso dos EUA com o direito de Israel de se defender contra o Hamas: segundo a publicação ‘New York Times’, a proposta é que a guerra precisa de terminar de uma forma em que Israel esteja seguro, todos os reféns sejam libertados, o sofrimento dos civis palestinos em Gaza acabe e o povo palestiniano possa usufruir do seu direito à dignidade, liberdade e autodeterminação.

Para sexta-feira está agendada uma reunião com o ex-presidente e candidato presidencial norte-americano Donald Trump, na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida, à margem da visita oficial a Washington.

“Regozijo-me de acolher Bibi Netanyahu em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Florida (…). No meu primeiro mandato, conhecemos a paz e estabilidade na região (…) e vamos conhecê-la de novo”, afirmou Donald Trump.

“Como referi durante as minhas discussões com o presidente Zelensky e outros dirigentes mundiais no decurso das últimas semanas, o meu programa “paz pela força” demonstrará ao mundo que estas guerras horríveis e mortíferas e estes conflitos violentos devem terminar”, afirmou ainda Trump.

A visita de Benjamin Netanyahu ocorre num momento em que o número de palestinianos mortos em ataques israelitas em Gaza se aproxima de 40 mil. Foi também numa semana em que foram relatadas novas mortes entre os reféns sobreviventes – que incluem israelitas, americanos e outras nacionalidades – detidos pelo Hamas e outros militantes desde as primeiras horas da guerra.

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