Negociações sobre adesão da Ucrânia à UE “até ao fim do ano”. MNE espera avanços “com efeitos positivos” esta semana

Depois de apresentar o cumprimento das sete recomendações feitas por Bruxelas, tendo em vista a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), Kiev assegura que as negociações com esse objetivo vão mesmo começar antes do final de 2023. E já esta semana vão verificar-se avanços com “efeitos positivos” nesses aspeto.

Quem o afirma é Dmytro Kuleba, ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros que, na TV estatal da Ucrânia, confirmou que as negociações irão avançar se não houver motivos “de força maior” a travá-las.

“Acho que até ao final desta semana veremos eventos e notícias que trarão efeitos positivos. As autoridades ucranianas trabalharam arduamente para cumprir tudo o que nos eram requerido. O presidente da Ucrânia controlou este processo e garantiu avanços quando algo estava a atrasar-nos ou a deixar-nos para trás”, indicou o responsável.

Kuleba voltou a repetir que “se não ocorrerem eventos de força maior, até ao final do ano a Ucrânia irá lançar as negociações sobre a adesão à UE”.

“Todos os processos sobre o alargamento da UE foram descongelados, bem como os processos de reforma, mas afinal não há visão para essas mudanças. Não é completamente claro para onde se vai mover”, lamentou, no entanto, o ministro, fazendo referência às dificuldades dentro do próprio bloco e às condições da Ucrânia, que mudaram desde que foi formalizado o pedido de adesão.

O ministro ucraniano afirma que a UE teme que, quanto maior se tornar, mais difícil se tornará de tomar decisões no princípio do consenso entre Estados-membros e, nesse sentido, devem ser mudadas as regras, bem como resolvidas as questões relativas a aceitar novas economias e garantir o equilíbrio interno de políticas económicas.

O início das negociações da adesão da Moldova e da Ucrânia à UE deverá ser marcado na cimeira da UE em dezembro, após análise e discussão do relatório sobre o tema construído pela Comissão Europeia.

Ler Mais