Vários Estados-membros europeus querem aliados da NATO a gastar 3% do PIB em defesa

Alguns Estados-membros europeus da NATO estão a defender o aumento da meta de gastos de defesa da aliança para 3% do PIB, em vez dos atuais 2%, segundo adiantou o principal responsável da indústria da defesa da União Europeia (UE) esta terça-feira.

Timo Pesonen, diretor-geral da Comissão Europeia para a indústria de defesa, afirmou que, “tendo em conta que os aliados da NATO estão a aumentar o seu orçamento para pelo menos 2% do PIB”, já “há quem esteja a falar de passar para 3%”, durante um evento da organização European Policy Centre.

A pressão para aumentar os gastos surge à medida que a guerra defensiva da Ucrânia contra a Rússia entra no seu terceiro ano.

“As pessoas especulam quanto tempo durará a guerra, o que, na minha opinião, é uma especulação inútil, pois a ameaça permanecerá”, afirmou Pesonen, citado pelo Politico.

Os comentários do responsável surgem poucos dias depois de o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmar que os aliados “devem ir além” dos 2% do IB investidos em defesa, meta estabelecida há uma década na sequência da anexação ilegal da Crimeia pela Rússia. A ameaça vinda de Moscovo só cresceu desde então.

Recorde-se que a Polónia e Grécia são os únicos dois países da UE na NATO que gastam mais de 3% do PIB em defesa, para além dos EUA.

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