“Não vamos largar estes criminosos”: equipa do Governo para combater criminalidade nos incêndios reúne-se esta tarde

A equipa do Governo para investigar uma eventual origem criminosa dos incêndios reúne-se esta segunda-feira pela primeira vez: esta tarde, a partir das 15h30, salientou a ‘RTP’, Luís Montenegro, a ministra da Administração Interna (Margarida Blasco), a ministra da Justiça (Rita Júdice) e a procuradora-geral da República (Lucília Gago) vão reunir-se em Lisboa para o início do trabalho da equipa especializada, com elementos do Ministério Público, da Polícia Judiciária e forças de segurança – estará presente o diretor nacional da PJ; o comandante-geral da GNR e o diretor nacional da PSP.

2024 tornou-se o terceiro pior ano da década em área perdida e motivou, por parte do Governo, a criação desta equipa após resolução do Conselho de Ministros: “Determinar o reforço dos meios e da atividade de investigação criminal e ação penal em matéria de crimes relativos a incêndios, incluindo ao nível da cooperação, e eventual criação de equipa especial de investigação, envolvendo as autoridades na matéria, designadamente o Ministério Público, Polícia Judiciária e forças de segurança”, indicou o Executivo de Luís Montenegro.

O primeiro-ministro referiu-se a “coincidências a mais” e “interesses particulares” na mais recente vaga de incêndios. “Nós não vamos largar estes criminosos, nós não vamos largar este combate a quem coloca todo um país em causa”, frisou Luís Montenegro, colocando ainda a tónica na necessidade de os portugueses “saberem que o Estado, em seu nome, vai atrás dos responsáveis por estas atrocidades”.

“Não podemos perdoar a quem não tem perdão. Nós não podemos perdoar atitudes criminosas que estão na base de muitas das ignições que ocorreram nos últimos dias. Sabemos que há fenómenos naturais e sabemos que há circunstâncias de negligência que convergem para que possam eclodir incêndios florestais. Mas há coincidências a mais”, apontou, salientando que o Governo não vai “regatear nenhum esforço na ação repressiva”.

Os incêndios que na semana passada lavraram em Portugal continental, sobretudo nas regiões norte e centro, queimaram pelo menos 120 mil hectares. As chamas destruíram perto de 60 casas. Morreram sete pessoas e outras 177 ficaram feridas na última semana. A Polícia Judiciária deteve sete pessoas por suspeitas de fogo posto.






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