“Não podemos parar o fogo quando estamos sob ataque”: Putin garante que conversações de paz “são impossíveis” no momento

Vladimir Putin indicou que não haverá um cessar-fogo enquanto as forças ucranianas estiveram “na ofensiva”: o presidente russo sublinhou, de acordo com o site ‘POLITICO’, que não rejeita a ideia de negociações de paz com a Ucrânia.

Num discurso após um encontro com os líderes africanos em São Petersburgo, Putin referiu que as iniciativas de paz africanas e chinesas podem servir de base para acabar com a guerra na Ucrânia mas que são “impossíveis de implementar” no momento.

“O exército ucraniano está na ofensiva, eles estão a atacar e a implementar uma operação ofensiva estratégica em grande escala”, referiu o presidente russo. “Não podemos parar o fogo quando estamos sob ataque”, disse.

Sobre as negociações de paz, “não a rejeitamos”, enfatizou o líder do Kremlin. “Para que este processo comece, é preciso que haja um acordo de ambas as partes”, sustentou.

A cimeira Rússia-África motivou diversos apelos diretos a Moscovo para terminar o conflito na Ucrânia por parte dos líderes africanos. “Esta guerra deve terminar. E só pode terminar com base na justiça e na razão”, considerou Moussa Faki Mahamat, ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade e atual presidente da Comissão da União Africana.

Também o presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, sublinhou que um plano de paz africano “merece a maior atenção”. “Não deve ser subestimado. Mais uma vez, pedimos com urgência a restauração da paz na Europa.”

Por último, o presidente do Senegal, Macky Sall, pediu “uma desescalada para ajudar a criar calma”, ao passo que o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, salientou esperar que “o envolvimento e a negociação construtivos” possam encerrar o conflito.

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