“Não pagaremos por nada e não aceitaremos quaisquer migrantes”: Polónia garante que não vai cumprir novo pacto europeu de migração

A Polónia “não vai aceitar imigrantes” ao abrigo do novo Pacto de Migração e Asilo da União Europeia, aprovado esta terça-feira, garante o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

De acordo com o chefe de Governo, a sua principal tarefa é defender os interesses do país, razão pela qual fará todo o possível para que Varsóvia “beneficie do pacto de migração”. “Esta é a minha tarefa e vou cumpri-la”, promete.

“Não pagaremos por nada, não teremos de aceitar quaisquer migrantes de outras direções, a União Europeia não imporá quaisquer migrantes. No entanto, a Polónia irá efetivamente impor o apoio financeiro da UE porque se tornou um país que acolhe centenas de milhares de imigrantes”, reforça Tusk.

Donald Tusk lembra que a Polónia aceitou, nos últimos anos, “centenas de milhares de imigrantes” da Ucrânia afetados pela invasão russa, bem como “dezenas de milhares de imigrantes da Bielorrússia”. Segundo o primeiro-ministro polaco, o pacto de migração foi negociado enquanto o ex-presidente, Mateusz Morawiecki, governava o país. “O ministro que representa o meu Governo votou contra a adoção do pacto de migração. A posição da Polónia é clara desde o início”, frisa.

Recorde-se que em abril último, a sessão plenária do Parlamento Europeu deu luz verde ao Pacto para a Migração e o Asilo, que irá reformar a política comum, com maior controlo das fronteiras externas da UE e oferecer aos Governos ‘solidariedade à la carte’, que permite evitar a receção de migrantes recolocados se pagarem uma indemnização.

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