“Não há nada que não permita a abertura do ano letivo com tranquilidade”, sublinha ministro da Educação
João Costa indicou, esta quarta-feira, que o arranque do próximo ano letivo será feito com “tranquilidade” – em Coimbra para uma reunião com diretores de escolas e de agrupamentos de escolas de todo o país, o ministro da Educação sublinhou os muitos avanços registados ao longo do último ano no setor da educação.
“Fizemos um caminho grande ao longo deste ano com os representantes dos professores, com muitos avanços, seja nas medidas para vincular 8 mil professores, 50% dos vinculados nos últimos 6 anos. E, comparando com a anterior legislatura, ano o dobro dos vinculados num ano dos realizados em quase 5 anos”, frisou João Costa, que enunciou os passos dados.
“Tivemos avanços na regularização dos professores das escolas artísticas, foi um ano em que estamos a reduzir as distâncias dos professores, com a alteração do mapa de zona pedagógica. Em 2024 vamos abrir mais de 20 mil lugares de quadro de escola, o que vai permitir fixar docentes na sua zona. Foram ainda tomadas medidas de aceleração da carreira porque ouvimos a contestação dos professores. Estamos ainda a negociar algumas matérias com os sindicatos mas da parte do Ministério da Educação não houve qualquer recusa em trabalhar”, explicou o ministro, que foi recebido em Coimbra por uma ação de protesto dos professores.
João Costa garantiu ainda não haver atrasos na preparação do ano letivo 2023/2024. “Vou anunciar aos diretores a possibilidade de as escolas encerrarem uma semana em agosto, o que não seria possível se a preparação do ano letivo estivesse atrasada. Temos trabalho feito a horas e vamos, pela primeira vez, corresponder a esta aspiração dos professores.”
“Vamos ter muito em breve as listas definitivas da vinculação dos professores, os concursos finais vão sair um pouco mais tarde do que em anos anteriores mas nada que não permita a abertura do ano letivo com tranquilidade”, prometeu.
O ministro considerou “absurda” a preocupação que possam faltar 50% dos professores no arranque do ano letivo. “Temos um ano que está a ser preparado a tempo. Vamos anunciar, nesta reunião com os diretores, o primeiro conjunto de 20 medidas para reduzir a burocracia nas escolas, apresentar o plano de recuperação de aprendizagens para 2024, que era suposto acabar este ano”, frisou.
“No ano passado tivemos praticamente todos os professores colocados, nada indicia que este ano seja diferente. Está tudo a decorrer dentro dos calendários normais, não vale a pena estarmos com alarmismos”, finalizou.
Ministro reúne-se hoje com diretores de escolas: Coimbra vai ser palco de protestos dos professores