‘Namejs 2024’: Letónia inicia hoje grande exercício militar que vai envolver 11 mil soldados e forças da NATO

A Letónia inicia hoje o exercício militar de grande escala denominado ‘Namejs 2024’, que se prolongará até 8 de outubro. Este exercício envolve aproximadamente 11 mil soldados letões e forças aliadas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo militares dos Estados Unidos, Estónia, Lituânia e Canadá. Organizado pelas Forças Armadas Nacionais da Letónia, em colaboração com a sede da Divisão Multinacional Norte da NATO, o exercício tem como principal objetivo reforçar a prontidão das forças militares para responder a eventuais ameaças à segurança do Estado.

Durante este período, as manobras militares irão focar-se na cooperação entre as forças armadas e várias instituições públicas e privadas que desempenham um papel crucial na defesa da Letónia em situações de emergência. Haverá uma especial atenção à interação com o Centro de Gestão de Operações de Defesa Civil, a chancelaria do Estado e outros ministérios, visando fortalecer as capacidades defensivas do país.

Os exercícios ‘Namejs 2024’ também incluirão verificações de mobilização e medidas para reforçar a fronteira do Estado, incluindo a construção de fortificações. Estas atividades contam com o apoio dos quartéis-generais da NATO e de outros parceiros internacionais, sublinhando a importância da colaboração multilateral na defesa regional.

Desde 2014, os exercícios ‘Namejs’ têm sido realizados em toda a Letónia, sendo uma componente essencial para assegurar a prontidão de combate das forças armadas do país. Este ano, as manobras serão marcadas pelo movimento ativo de equipamento militar e por voos de aeronaves militares a baixa altitude. Adicionalmente, os militares irão realizar treinos de fogo real em campos de tiro designados.

Estes exercícios ocorrem num contexto de crescente preocupação com a segurança na região, especialmente após relatos de que a Rússia retirou tropas da região de Kaliningrado, em resposta a operações das Forças Armadas Ucranianas na direção de Kursk. Ao mesmo tempo, a Finlândia manifestou interesse em acolher tropas de vários países da NATO, citando a ameaça percebida da Rússia.