“Na vida, é preciso mergulhar”, afirma Luísa Amorim

Desde a infância que Luísa Amorim ganhou o gosto por aprender e empreender, características que a levaram a uma carreira com resultados no sector dos vinhos.

Dos pais (Américo e Fernanda) herdou a paixão pela Natureza, a alegria de ter casa cheia, o querer fazer bem, não deixar as coisas pela metade e entregar-se aos projectos a fundo. Todos juntos, estes valores acabaram por lhe moldar espírito e forma de actuar. Ela, que tem um jeito nato para a pintura, que é uma verdadeira contadora de histórias – o que se nota bem assim que partilhamomentos dos projectos que coordena, entre uma Quinta da Taboadella, Quinta Nova ou Herdade da Aldeia de Cima, este último a título pessoal com o marido –, que adora a terra e que sempre se recorda de ter tido infância rica e feliz, cedo percebeu que tinha jeito para mais do que uma área de trabalho, mas também sempre soube que estar presa a um gabinete rodeada de papéis para tratar não era a sua vocação. Luísa Amorim, mais nova de três irmãs, trabalhou em diversos departamentos do Grupo mas quis antes estar ligada ao desenvolvimento de novos negócios. Não só o quis, como o fez e os resultados já começaram a chegar!
Amante de viagens – recorda-se que na adolescência estava sempre de mochila pronta para nos fins-de-semana ir ter com amigos – dedicou-se à área do Turismo, tirou um curso de Gestão Hoteleira, a que somou uma licenciatura em Marketing e vários cursos de especialização nacionais e internacionais.

A residir no Porto, reparte os dias entre Mozelos (sede da Corticeira Amorim), as três quintas que dirige, a família e o Pilates que continua a praticar aos fins-de-semana.
«Fui uma criança super feliz. Passava imenso tempo a brincar, tinha um salão que era um quarto de bonecas e ali passava horas com as minhas irmãs, vizinhas e primas. Sempre vivi muito a Natureza com os meus pais. A minha mãe gostava também muito de antiguidades e objectos tradicionais. Um dos poucos ‘hobbies’ que o meu pai tinha era fazer os jardins lá de casa e acabei por beber essa cultura. Normalmente, o meu pai passava muito tempo fora, mas era a pessoa que unia a família. A mãe tinha um papel mais ligado às filhas. Em criança andei sempre em escolas públicas (Espinho) e vivi a vida com bastante intensidade, viajava, fazia amigos e ia visitá-los. Fui para hotelaria porque, primeiro, gostava um bocadinho de tudo e depois não iria fazer um curso para estar no escritório. Não tem nada a ver comigo e teimei que faria uma coisa diferente». Teimou porquê? «Porque devia ter ido para Gestão. E sempre tive interesse pelos vinhos, hotelaria e arte de receber. O curso de hotelaria tem uma vantagem porque é muito prático e com 21 anos já estamos a trabalhar. Comecei na Portis, mas não me revi em nada e rapidamente fui para a Figueira da Foz onde estavam a implementar a marca Mercure e o Casino. Estive nesse processo e no controlo de Gestão, animação e marketing do Casino. Depois fui estudar Marketing para os EUA (Universidade da Califórnia) porque queria ganhar novas experiências. Fiquei lá seis meses, de onde segui para casa de uns amigos no Brasil. Foi uma experiência óptima. Quando regressei fui orientada para um plano de ingressão no Grupo Amorim, durante dois anos. Um trabalho muito interessante em que passei por imensas empresas e departamentos, tracei cortiça e estive no imobiliário. Passei ainda pela consultora Deloitte».

Em qualquer destes momentos pediu conselhos à mãe ou ao pai ou foi sempre decidindo sozinha? «Foi sempre uma escolha minha. O meu pai nunca me disse que tinha de estar em Portugal ou nos EUA. Tirando a consultora, foi um percurso feito muito dentro do Grupo, mas equacionei que não fosse assim. O meu primeiro salário terá sido pouco mais do que o equivalente ao actual salário mínimo. Este período em que estive fora ajudou-me a ganhar mais maturidade porque fiz muitas viagens. Confesso que se pudesse voltar atrás tinha estado mais tempo, uns cinco anos, fora das empresas familiares. E isso não faz mal a ninguém.
Para todos os efeitos somos patrões ou filhos do patrão, e não se consegue ter a perspectiva do colaborador. Se estivermos fora sentimo-nos tratados como qualquer um e perceber mais rapidamente como funciona o outro lado. Senti o peso e o nome da família até aos 30 anos e que se não fizesse um curso superior (fê-lo mais tarde, em marketing) seria uma pessoa menos bem formada comparativamente aos outros. Por outro lado, fui-me auto-formando, falei com imensa gente, fiz seminários, li bastante, e aconselho vivamente que se deve trabalhar uma temporada fora da empresa familiar. É óptimo ganhar experiência em outras áreas e abrir perspectivas. 

Depois dos 30 anos, casei-me e quis cada vez mais fazer um percurso por mim. Sempre fui muito independente e trabalhar numa empresa que já tivesse sido criada era pouco. Interessava-me muito mais fazer um caminho para empreender e aprender. Queria fazer o caminho por mim. Os filhos não são todos iguais e eu não ia ser feliz de outra maneira. É bastante importante conhecermo-nos a nós próprios, gostar do que estamos a fazer, saber onde somos bons e puxar por esse lado. Não podemos ser fantásticos em tudo. Há muitas áreas onde não somos bons e é por isso que trabalhamos em equipa».
Mas porque é que decide empreender uma carreira no sector dos vinhos? «Quando voltei dos EUA, o Grupo tinha adquirido a Burmester e achei muito interessante esta área – tem marketing, comercial, parte produtiva e Natureza. Também já tinha feito um trabalho sobre vinhos quando estava a estudar marketing estratégico. Sempre gostei da área e em minha casa sempre se recebeu imensos produtores. O vinho simboliza a família, os amigos, a partilha, as histórias e os contextos. E vemos muito isso com o enoturismo em Portugal. Receber pessoas sempre foi habitual para mim. Para as minhas filhas, de 14 e 16 anos também é normal porque cresceram neste mundo.».

GRANDES REFERÊNCIAS
Que referências lhe deixou o seu pai, Américo Amorim, em termos de trabalho? «É preciso mergulhar, talvez seja a primeira com que eu me identifico. Podemos estar mais à tona, mas de vez em quando é preciso ir mais fundo; vender qualidade, controlo e report de gestão. O meu pai era pontualíssimo, criava bom ambiente e sempre me ensinou que nada se faz sem trabalho. Como tudo o que nos acontece na vida, se não nos empenharmos nunca vamos conseguir tanto. Quando o fazemos há o sabor da vitória. Claro que pode existir dissabor, mas pelo menos não ficamos com a sensação de que não fizemos tudo o que poderíamos ter feito. Outra referência é a importância do fecho dos dossiês e que é tão importante começar como acabar. Podemos ter muitas ideias, mas depois é preciso concretizar».
«Temos de fazer muitas coisas que não gostamos e resolver problemas é uma coisa que ninguém gosta, mas se correr sempre tudo bem não tem graça. “Não amoleças Luísa, não amoleças”, era uma coisa que o meu dizia e isto tinha a ver com a capacidade de trabalho. Mesmo numa empresa, quando estamos a uma velocidade cruzeiro, é importante não amolecer. As empresas conquistam o mercado quando se movem. Se a velocidade cai há uma descompensação natural das pessoas e é fundamental que ambos cresçam. Houve outra coisa que ele me ensinou – a faculdade da vida são as viagens. Eu tenho um gosto enorme em viajar, tudo o que vemos e falamos aguça-nos a cabeça e a visão. E retiram-nos da nossa zona de conforto.

Enquanto comunidade e cultura, a Austrália fascinou-me muito. Acho bastante interessante a forma como vivem e têm uma qualidade de vida fantástica. O Camboja é igualmente um local único e nenhuma fotografia conseguiu passar o que se sente no local. Fui recentemente à Tanzânia, uma região que tende a ficar desertificada porque há cada vez menos animais e vegetação.».
Em relação aos hobbies gosto de tudo de tudo o que tenha a ver com desenho e pintura. Já pintei muito, agora faço rabiscos. Pintava a óleo e às vezes desenhava a carvão. Actualmente, não tenho muito tempo, mas também gosto de decoração, plantas, flores e leitura. As minhas duas filhas também têm jeito para essas coisas. Imagine, temos agora os azeites e procuro saber imenso sobre esse tema: leio, faço experiências, rótulos e partilho o conhecimento. Quando vou a casa de amigos só levo vinhos meus, mas não bebo só vinhos meus. Nunca levo uma caixa de bombons.

O NEGÓCIO
«Para 2023, o objectivo é projectar mais e investir menos. Primeiro, é preciso tornar a herdade fundamental e depois é que se pensa nas unidades produtivas. Não pode ser tudo ao mesmo tempo. Uma herdade tem de estar bem preservada e organizada. Iremos deixar o investimento para 2024. Dentro do processo produtivo é esta a área onde eu mais me revejo, o de acrescentar valor à Terra. Há uma tendência para os produtos naturais serem cada vez mais valorizados. Tenho de acreditar que consigo ganhar valor no final da cadeia. Temos de ser muito firmes na aposta que estamos a fazer e, por isso, o crescimento deve ser realizado passo-a-passo. Porque trabalhar em projectos de nicho para depois estarmos a ser pressionados pelas quantidades que produzimos também não pode ser. Todos os anos temos de olhar para o mercado, senti-lo e avaliá-lo. Estamos atentos a novas oportunidades, mas a nossa filosofia de trabalhar é realmente estarmos em regiões onde possamos acrescentar valor. Há uma coisa que aprendi neste negócio: é que os amigos nunca nos compram o nosso vinho e essa para mim é uma grande lição. É um negócio muito difícil, demoramos muito tempo a conhecê-lo. Nós olhamos para uma empresa de vinho e dizemos “factura 400 mil ou 600 mil euros”. Parece que não é nada, mas se traduzir em garrafas são imensas. As pessoas olham para o valor de facturação e dizem no “mínimo isto tem de crescer 3 ou 4 vezes”. Mas depois não pensam nos stocks, no marketing, na viticultura ou no trabalho. É um sector muito específico. Há que respeitar, saber estar e aprender. É um privilégio quando as pessoas escolhem o nosso vinho e
não outro».

A VIDA DIÁRIA
«Trabalho em Mozelos, chego por volta das 9h00. Tenho muitas reuniões do Conselho de Administração ou com equipas específicas sobre determinados projectos. Faço um almoço light e, por vezes, vou ao pilates. Vivo no Porto e tento intercalar as visitas entre a Quinta Nova, Taboadella e Aldeia de Cima. Independentemente do Grupo Amorim estou ligada a outros projectos como a Associação de Empresas de Vinho ou à Associação Bagos d’Ouro (de carácter social). Tenho uma parte da agenda fixa e outra, de cinco ou seis dias mensais, afectas à herdade. Embora não tenha disponibilidade para fazer a parte comercial pura e duro, tento encontrar algum tempo para acompanhar os clientes. Normalmente, tenho sempre uma parte da mala feita. A vida familiar encaixa-se bem com todo este ritmo, embora as minhas filhas digam que trabalhamos demais. Mas jantamos todos juntos, falamos muito e ao fim-de-semana estou bastante tempo com elas porque isso é muito importante para toda a família.     

 

Fazer um projecto diferente no Alentejo

Na Herdade da Aldeia de Cima, propriedade de Luísa Amorim e do marido Francisco Rêgo, todo o trabalho é em valor e a pensar no futuro.
Seja na vinha, no montado ou no olival. São 3000 hectares, entre a Vidigueira e Portel.

Quando se passa o portão verde da Herdade da Aldeia de Cima, em Santana – entre os concelhos da Vidigueira e Portel, os distritos de Évora e Beja e com a Serra de Mendro bem em frente – não temos a percepção imediata da dimensão e riqueza da mesma. Os terrenos foram comprados há anos por Américo Amorim, mas desde 2017 que têm vindo a ser replantados, tratados e valorizados pela filha Luísa e o marido Francisco Rêgo. Um total de 3000 hectares que fazem deste projecto familiar de Luísa um cenário onde se investe olhando para o futuro e com foco em valor.

À entrada, imediatamente à esquerda, recuperou-se a adega seguindo os traços e a arquitectura de sempre, ou não tivesse sido o espaço o Armazém das Ramadas, que Francisco Eduardo de Barahona Fragoso, filho do 1º Conde da Esperança, mandou erguer para as suas ramadas, em 1953. Agora, é aí onde se finalizam e estagiam os vinhos que Luísa Amorim faz questão de escolher com a dupla de enólogos Jorge Alves e António Cavalheiro (este, sempre por terras alentejanas), entre os Garrafeira, os Reserva ou o Myndru. Tudo com o mínimo de intervenção e respeitando as mais de 30 micro parcelas que aqueles solos oferecem.

Conhecer a Herdade não é sinónimo de caminhada. Por isso, Luísa – amante da terra , da partilha do saber e de histórias – conduziu-nos num jipe, por montes e vales ao longo de mais de uma hora. Que o Alentejo, por ali, também tem pouco de plano.
A base é agro-silvo-florestal, com floresta de sobro e zimbro, pinho, medronho ou oliveira, numa mistura rica de espécies autóctones. O montado já existia, estando agora em fase de replantação em algumas zonas e de regeneração em outras.

«Quando começámos um trabalho mais profundo na Herdade, em 2016-17, olhámos para o todo e percebemos que as alterações climáticas estavam claramente a interferir no montado. Foi uma questão de fazermos uma radiografia a prazo e perceber se dentro de 40 anos quereríamos uma herdade verde ou castanha», conta Luísa, enquanto, ao longo do percurso, vai mostrando algumas zonas onde já se nota de forma vigorosa a influência das mudanças climáticas, nas plantas.

«A primeira coisa que percebemos foi que o ideal seria trabalhar mais com animais, nomeadamente com ovelhas.» Actualmente, há cerca de 1000 ovelhas reprodutoras, acompanhadas por um pastor, que apenas e só se alimentam do que encontram no chão da herdade e com as quais nos cruzámos no dia em que por ali andámos (com algumas dezenas a nascerem uns dias antes) e que têm sido peças-chave na replantação dos sobreiros. «No fundo, decidimos que queríamos intervir ao mínimo com máquinas no solo. Em paralelo, em terrenos mais desérticos, estamos a tentar replantar em sistema misto – com pinheiro manso e sobreiro», destaca. E vai contando: «Muita gente da aldeia tinha aqui trabalhado, pelo que fomos conversar com essas pessoas e fazer alguma investigação histórica. O que vimos foi que antigamente as terras eram tratadas em regime de subsistência, com a população a ter trabalho assegurado ao longo de todo o ano. Percebemos que todo este contexto faz sentido, assim como faz sentido trabalhar com a comunidade local.»
Feito então o levantamento numa propriedade que hoje se estende ao longo de quase 3000 hectares, a primeira intervenção foi junto da floresta e da vinha. Seguir-se-ia a colocação das referidas ovelhas no terreno.

Para a vinha, Luísa tinha uma ideia. «Começámos por fazer um teste. Fomos a três regiões no Alentejo – Vidigueira, Estremoz e Portalegre -, fomos recolher uma série de uvas e durante dois anos fizemos um ensaio numa adega (de uma amiga)», recorda. A decisão tinha que ser rápida. Se em 2017 percebesse que havia condições para se fazer um bom vinho, arrancaria de imediato com a construção da adega. «Ficamos extremamente surpreendidos e agradados com as uvas da Vidigueira, com tintos muito frescos. São terras altas, com 300 a 400 metros de altitude, humidade e influência atlântica. Para além disso, com uma imensa riqueza de subsolo, de xisto mas com outros tipos de minerais e pedras. Fizemos várias aberturas de subsolo para percebermos quais seriam os solos adaptados às castas que queríamos, entre a Baga ou o Alvarinho», lembra.

Desde o início que também sempre soube que só fazia sentido ter vinhos de qualidade superior: «Queremos que seja um projecto de prazer, diferente. Se não fosse assim, o que vínhamos nós trazer à região que ela já não tivesse?»

Até porque na memória guarda os tintos alentejanos que o pai gostava de abrir e servir em casa, em família ou entre amigos – que se sentavam à mesa quase todos os dias: «Acho que foi essa memória que me orientou para o projecto que queria. Quando passámos à prova para decidir qual era o tipo de perfil para os vinhos daqui, essa memória voltou rapidamente.»
De momento, o portefólio reparte-se entre cinco vinhos, estando previsto um sexto ainda este ano. «São vinhos que dão muito prazer a beber, mas é preciso ter-se algum nível de conhecimento e maturidade para os conseguir apreciar. Além de que com alguns deles temos que ter a refeição certa. Casam muito bem com a gastronomia alentejana.»
Todo o trabalho de recuperação da casa, da adega e de grande parte da vinha, desenrolou-se em um ano e meio. «Como o conseguimos, ainda não sei. Talvez a vontade de uma equipa fantástica!»

Hoje, a capacidade de produção está num total de 100 mil garrafas, sendo que se produz 40 mil, com o maior número a ser assegurado pela gama Garrafeira. A ideia é crescer entre 15 a 20% ao ano, calmamente, até chegar às 100 mil a cinco ou seis anos. É que todos os vinhos são colocados no mercado com um mínimo de dois anos, porque têm processo de garrafa. Os mercados externos estão a ser explorados, também eles, com calma. Para já, EUA, Itália e Brasil… «São relações comerciais com um ano ou menos. A nossa ambição não é vender muito vinho num só mercado, mas em locais especiais onde seja verdadeiramente apreciado. Este é um projecto diferenciador e quem prova os vinhos percebe-o. Assim como percebe os preços porque sabe que para se obter essa diferença é preciso incorporar valor.»

E esse valor percebe-se bem quando se conhece, entre outras, a vinha dos Alfaiates. A primeira vinha do Alentejo construída em patamares – que socalcos é no Douro. «É das partes mais altas da propriedade e só seria possível produzir viticultura de montanha se construíssemos patamares». À semelhança do qua acontece na Suíça ou Áustria. Qual a vantagem? «Irmos buscar complexidade». São 18 os micro-terroirs em 12 hectares com perto de 400 metros de altitude. Por isso, com o mesmo tipo de uva pode-se ir buscar exposição e tipo de solo diferentes. «Isto é que é uma enorme riqueza», sublinha.
«Aqui, temos uma amplitude térmica muito grande. Com os 18 mucro-terroirs temos um puzzle imenso mas que nos permite fazer vinhos como queríamos, com uma identidade muito vincada e especial, tentando recuperar parte do Alentejo perdido antes da massificação dos anos 80. O que fizemos foi pensar o futuro com base no passado», acrescenta António Cavalheiro.

A Herdade tem cinco vinhas, sendo que recentemente foi comprada uma vinha velha com mais de 60 anos, toda em sequeiro. Em paralelo, Luísa partilha o desejo de vir a aumentar a capacidade produtiva em termos de olival, até aos 25 hectares – trabalhando o resto em comunidade com pequenos produtores da região. «Queremos também construir um lagar próprio, topo de gama, que trabalhará com biotecnologia para que todo o processo seja implementado com o maior rigor», frisa. Um projecto que poderá estar a velocidade de cruzeiro dentro de dois anos e meio, sendo que pelo meio a ideia é ir testando lançamentos em lagares próximos: «Temos que ver qual a melhor parceria, quem é que tem o melhor sistema que se adapta ao que queremos fazer». 

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