Música e espectáculo de luzes nas profundezas. Foram assim os últimos momentos com vida dos tripulantes do submersível Titan

Os cinco tripulantes do submersível Titan, propriedade da OceanGate Expeditions terão morrido de forma instantânea após o que a Guarda Costeira dos EUA descreve como uma “implosão catastrófica” do veículo submarino. Agora, foram revelados pormenores que permitem conhecer como foram os últimos momentos dos passageiros a bordo.

As cinco pessoas que estavam no interior do Titan morreram no dia 18 de junho, quando realizavam um mergulho no veículo às profundezas do Oceano Atlântico para ver os destroços do Titanic.

Os pormenores sobre as últimas horas dos passageiros foram revelado por Christine Dawood, mulher do empresário paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e mãe de Suleman, de 19 anos. Os dois morreram na implosão do submersível.

Segundo conta em entrevista ao New York Times, a viagem começou pelas 8h00, sendo que uma hora e 45 minutos depois perdeu-se o contacto com o aparelho submarino.

Christine Dawood explica que, em duas sessões informativas prévias, os passageiros foram informados que a descida seria feita com as luzes dianteiras do submersível desligadas, com o objetivo de poupar bateria e garantir que haveria o máximo possível para quando fosse altura de observar o Titanic afundado.

Assim, mal o submersível se foi afundando nas águas do Atlântico, foi engolido por uma imensa e absoluta escuridão.

Graças a essas condições, os tripulantes puderam, como em outras viagens anteriores, ver um ‘espectáculo de luzes’, providenciado por animais marinhos bioluminescentes, que existem a grandes profundidades.

Nos últimos momentos de vida, os passageiros do Titan estariam também a ouvir as suas músicas favoritas. Isto porque Christine Dawood indicou que os organizadores do mergulho pediram aos passageiros que fizessem uma compilação das músicas de que mais gostavam, para que estas fossem reproduzidas através de colunas Bluetooth durante a aventura.

E assim fizeram, cumprindo a regra da Stockton Rush, CEO da OceanGate que também morreu no desastre: “A música country estava proibida”.

Rush, aliás, esteve reunido com a família Dawood em Londres, em fevereiro, com o objetivo de esclarecer quaisquer dúvidas ou questões sobre o mergulho até ao Titanic. O dono da empresa disse que seria “mais seguro do que atravessar a rua”.

A mulher de Shahzada Dawood recorda que o marido e o filho quase não embarcaram no submersível, devido a um voo perdido quando a família se deslocava para St. John’s. “Estávamos bastante preocupados se nos cancelavam o voo. Em retrospetiva desejava que o tivessem feito”, lamentou.

Foi um veículo operado remotamente que, dias depois de ter ocorrido a “implosão catastrófica”, encontrou “cinco grandes peças de diferentes restos” de várias partes do Titan, numa zona a cerca de 500 metros da proa do Titanic.

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