Mundo ultrapassou os 100 milhões de casos de covid-19

O mundo ultrapassou esta terça-feira uma barreira global marcante: 100 milhões de casos de covid-19, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. Existem atualmente 100.032.461 infeções e 2,2 milhões de mortes associadas ao novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha alertado esta segunda-feira que esta semana deveriam ser atingidos os 100 milhões de casos em todo o mundo. O diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que há um ano foram reportados menos de 1500 casos, 23 só de fora da China.

“Os números de agora podem tornar-nos insensíveis ao que eles representam, mas cada morte é o pai de alguém, o parceiro de alguém, o filho de alguém, o amigo de alguém”, advertiu.  Por esta razão, salientou a necessidade de “lamentar” aqueles que morreram devido ao novo coronavírus e, ao mesmo tempo, sublinhou a importância de fazer “tudo o que for possível” para evitar ser infetado e transmitir a doença.

O ritmo de casos e de mortes aumenta numa altura em emergem novas variantes mais contagiosas do coronavírus, como a estirpe do Reino Unido, da África do Sul e também do Brasil. Recentemente, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, informou que a variante inglesa era mais mortífera, além de mais contagiosa.

“Agora também parece que há sinais de que a nova variante, aquela que foi identificada pela primeira vez em Londres, e no sudeste de Inglaterra, pode estar ligada a um grau mais alto de mortalidade”, avançou, durante uma conferência de imprensa na residência oficial em Downing Street.

Várias farmacêuticas, como a Pfizer/ BioNTech e a Moderna, já afirmaram que as vacinas desenvolvidas contra a covid-19 eram na mesma eficazes contra as novas estirpes. No entanto, ainda não é totalmente claro o impacto das mutações nas vacinas, uma vez que os dados e as investigações ainda estão em curso.

“As vacinas contra a a covid-19 dão-nos agora esperança, pelo que cada vida que perdemos é ainda mais trágica”, disse ainda o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

No total, mais de 68 milhões de doses da vacina contra a covid-19 já foram administradas em 56 países, de acordo com dados recolhidos pela Bloomberg. Estes dados dizem respeito, na grande maioria, a países com elevado rendimento. A OMS e vários especialistas já alertaram que a disparidade no acesso às vacinas representa uma ameaça global, pois vai prejudicar diretamente a imunidade de grupo global.

Em apenas um ano, segundo a OMS, a pandemia de covid-19 já matou mais do que a malária e a tuberculose juntas no mesmo período. A taxa de mortalidade da doença é ainda superior ainda ao HIV (sida), que causou cerca de 1,7 milhões de mortos em 2005.

Os Estados Unidos, a Índia e o Brasil são os três mais países mais afetados pela pandemia, com 25,5 milhões, 10,6 milhões e 8,8 milhões de casos, respetivamente. Já os países com o maior número de óbitos são, mais uma vez, os EUA (421 mil), o Brasil (217 mil) e a Índia (153 mil mortes).

Já na Europa, os três países com o maior número de casos são a Rússia (3,7 milhões), o Reino Unido (3,6 milhões) e França (3,1 milhões). Os países com mais óbitos do continente europeu são o Reino Unido (98 mil), Itália (85 mil) e França (73 mil).

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