Mpox: OMS decide hoje se continua a ser uma crise de saúde global

A Organização Mundial da Saúde vai reunir, esta sexta-feira, o seu Comité de Emergência para determinar se a mpox vai continuar a ser uma crise de saúde global.

Em agosto, a doença, que continua a espalhar-se em África, foi classificada pelo órgão de saúde da ONU como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, o que representa a forma mais alta de alerta. Isso ocorreu após a disseminação de uma nova variante do vírus, chamada Clade Ib, em partes do continente.

Houve 46.794 casos confirmados e suspeitos em diversos países da África desde o início do ano até 3 de novembro último, incluindo 1.081 mortes, disse a OMS em relatório emitido, sendo que o país mais afetado é a República Democrática do Congo, seguido por Burundi e Uganda – em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas.

A mpox pode espalhar-se por contato próximo. Geralmente leve, é fatal em casos raros. É uma doença infecciosa que pode provocar uma erupção cutânea dolorosa, gânglios linfáticos inchados, febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas e falta de energia.

As doses iniciais da vacina foram alocadas este mês para os nove países africanos mais atingidos.

Esta quinta-feira, a OMS aprovou a inclusão da LC16m8 contra a mpox à lista de vacinas de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controlo e prevenção da doença. Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças com menos de um ano que vivem em localidades onde se registam mais surtos de mpox. “Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a espalhar”-se, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas.”

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