Motim em prisão russa de Volgogrado. Reclusos matam guardas prisionais e fazem reféns

Um grupo de reclusos na colónia penal IK-19, localizada na região de Volgogrado, Rússia, tomou o controlo das instalações e fez vários reféns, incluindo guardas prisionais, reporta a agência estatal Ria Novosti. A prisão, situada na cidade de Surovikino, cerca de 120 quilómetros a oeste de Volgogrado, tem capacidade para albergar mais de 1.200 prisioneiros.

De acordo com as informações divulgadas, vários guardas prisionais foram mortos durante a revolta. Os reclusos envolvidos, que se encontram armados com facas, atacaram os guardas numa altura em que uma equipa do Serviço Penitenciário Federal estava a realizar uma inspeção no local. Uma fonte do serviço penitenciário russo informou à agência que “durante uma reunião da comissão disciplinar do IK-19, vários prisioneiros fizeram reféns”, sem especificar o número exato de reféns ou dos envolvidos na tomada.

Imagens partilhadas nas redes sociais, cuja autenticidade não foi verificada, mostram um grupo de prisioneiros armados com facas, com os corpos de, pelo menos, quatro guardas prisionais ensanguentados no chão. Um dos polícias presentes no local aparece visivelmente ferido.

Fontes dos serviços de emergência confirmaram à imprensa russa que três prisioneiros estão diretamente envolvidos na tomada de reféns e que pelo menos um funcionário da prisão foi morto. As autoridades penitenciárias adiantaram ainda que “estão a ser tomadas medidas para libertar os reféns”.

O Comité de Investigação da Rússia, responsável por investigar crimes graves, já lançou uma investigação criminal relacionada com a tomada de reféns, um crime que pode ser punido com prisão perpétua.

Este incidente é o segundo deste tipo a ocorrer numa prisão do sul da Rússia neste verão. Em junho, seis prisioneiros que juraram lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico capturaram dois guardas num centro de detenção na região vizinha de Rostov. Na sequência desse evento, cinco dos prisioneiros foram mortos, e um foi posteriormente condenado a 20 anos de prisão por acusações de terrorismo.

Os mesmos canais no Telegram que partilharam as imagens gráficas do incidente na IK-19 sugeriram que os prisioneiros envolvidos na tomada de reféns na sexta-feira podem também estar associados ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Um vídeo que circula nas redes sociais russas alegadamente mostra dois dos atacantes, um dos quais afirma ser combatente do Estado Islâmico, e que teriam tomado o controlo da prisão em Surovikino. Nas imagens, pelo menos quatro funcionários da prisão podem ser vistos deitados ou sentados em poças de sangue.

As autoridades continuam a tentar negociar a libertação dos reféns, enquanto a situação se desenrola num dos estabelecimentos prisionais de regime severo da Rússia, destinado a prisioneiros do sexo masculino.

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