Moscovo acusa Macron de se preparar para participar “diretamente” na guerra da Ucrânia

As autoridades russas acusaram esta sexta-feira Emmanuel Macron de estar “preparado” para participar “diretamente” na guerra da Ucrânia, um dia depois de o presidente francês ter anunciado a entrega de aviões de combate a Kiev.

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, os comentários de Macron apenas aumentaram a tensão na Europa e descreveu a sua posição como “provocativa”: nesse sentido, sublinha que Macron “demonstrou o seu mais absoluto apoio a Kiev” e está disposto “a envolver-se” totalmente no conflito armado.

Questionado sobre possíveis represálias ao novo carregamento de ajuda militar de Pais, Peskov aponta que a resposta poderá ser “assimétrica”, como já havia indicado Vladimir Putin.

O pacote de ajuda anunciado por Macron incluirá também a formação de cerca de 4.500 pilotos ucranianos em França para que possam utilizar os caças, mais uma peça dos esforços aliados para fortalecer as capacidades militares da Ucrânia contra a Rússia. O objetivo, explica o presidente francês, é que estes pilotos possam ser treinados “a partir do verão” durante cerca de cinco ou seis meses. “O nosso objetivo é também formar uma brigada. Propomos treinar 4.500 soldados ucranianos, equipá-los e treiná-los”.

Moscovo já alertou em diversas ocasiões os países membros da NATO que “estão a brincar com o fogo” quando se trata de armar Kiev: considerou mesmo ameaçar os comboios que possuem armas estrangeiras como objetivos legítimos.




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