![](https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2020/03/736452.jpg)
Mónaco deve entrar na “lista cinza” financeira internacional
O Mónaco, conhecido por abrigar a maior concentração mundial de milionários e bilionários, está sob ameaça de ser incluído na “lista cinza” financeira internacional.
Segundo fontes familiarizadas com o assunto, a Task Force de Ação Financeira (GAFI) poderá anunciar publicamente a necessidade de uma maior monitorização do principado devido a deficiências persistentes no combate aos fluxos ilícitos de dinheiro, revela a ‘Bloomberg’.
A lista cinza, diferente da lista negra mais severa, sugere que o Mónaco está empenhado em resolver as suas deficiências atuais, embora seja uma advertência significativa para as suas políticas financeiras futuras.
A decisão final será discutida na plenária do GAFI em Singapura, prevista para o dia 28 de junho, e dependerá do consenso entre os membros do GAFI, que incluem grandes economias como EUA, China e Comissão Europeia.
Apesar de alguns avanços nos últimos meses, o Mónaco ainda não resolveu completamente as falhas identificadas por inspetores europeus desde a repreensão recebida no final de 2022 pelas suas medidas ineficazes contra o branqueamento de capitais.
A possível inclusão na “lista cinza” poderia ter sérias repercussões económicas para o principado, cujas instituições financeiras gerem aproximadamente 160 mil milhões de euros, cerca de 20 vezes o seu produto interno bruto (PIB).
Além das questões económicas, o Mónaco enfrenta desafios políticos internos, incluindo escândalos recentes que levaram o príncipe Alberto II a cortar relações com assessores próximos. O país está também sob escrutínio do Grupo de Estados Contra a Corrupção (Greco), que em breve emitirá um relatório sobre a capacidade do governo de combater o suborno.