Mohamed Al-Fayed é acusado por 20 ex-funcionárias de violação e agressão sexual nos armazéns Harrods

Mohamed Al-Fayed, antigo proprietário do Harrods, em Londres, foi acusado esta quinta-feira por cinco mulheres de violação quando trabalhavam nos armazéns de luxo. Segundo os britânicos da ‘BBC’, houve mais de 20 ex-funcionárias que revelaram que o bilionário – que morreu em 2023 aos 94 – as agrediu sexualmente.

De acordo com a publicação, o Harrods não só não interveio, como ajudou a encobrir as alegações de abuso. “A teia de aranha da corrupção e dos abusos nesta empresa era inacreditável e muito sombria”, afirmou Bruce Drummond, da equipa jurídica que representa algumas das mulheres.

O ‘modus operandi’ era regular: o dono do Harrods costumava visitar os vários andares de vendas para identificar as jovens assistentes que achava atraentes. As ‘escolhidas’ eram então promovidas para trabalhar nos escritórios no andar de cima. Os crimes terão sido perpetrados nos escritórios dos armazéns, no apartamento de Al-Fayed, em Londres, ou em viagens internacionais, normalmente Paris ou Adu Dhabi.

Os atuais proprietários da Harrods afirmaram estar “absolutamente chocados” com as alegações de abuso, acrescentando: “Como empresa, falhámos com os nossos empregados, que foram as suas vítimas, e por isso pedimos sinceras desculpas.”