Mítico Ferrari 250 GTO de 1962 vai a leilão e promete tornar-se o mais valioso de sempre

A Ferrari já detém o recorde do carro mais caro alguma vez vendido em leilão, quando um 250 GTO arrecadou 48,405 milhões de dólares (cerca de 45,58 milhões de euros), em 2018. No entanto, está a chegar, pelas mãos da RM Sotheby’s, no próximo dia 13 de novembro de 2024, uma versão que, pela sua história, promete bater novos máximos.

O Ferrari 250 GTO é um dos 34 com carroceria tipo 1962, sendo que geralmente chegava equipado com um motor V12, de 3,0 litros, com cerca de 300 CV de potência. No entanto, a versão em leilão recebeu de origem um motor V12 de 4,0 litros em função das novas regras de competição que entraram em vigor em 1962 – em vez de o vender imediatamente a um piloto privado, este foi o único exemplar que a ‘Scuderia Ferrari’ utilizou para a sua equipa interna.

Este supercarro foi inaugurado em corrida nos 1.000 quilómetros de Nürburgring, em 1962, onde o GTO venceu na sua classe e terminou em 2º na geral. A Ferrari preparou-o para as 24 Horas de Le Mans, instalando um motor mais potente – com cerca de 390 CV – e adicionando pequenas luzes de direção por baixo dos piscas do para-lamas, ainda hoje presentes.

A corrida na mítica Le Mans não foi isenta de problemas: o carro classificou-se em 4º lugar, mas o motor superaqueceu durante a corrida. Assim, a marca italiana converteu o veículo para as especificações padrão 250 GTO e colocou-o à venda: foi também trocado o motor por uma unidade de 3,0 litros.

O carro passou por vários proprietários até chegar aos Estados Unidos, adquirido em 1985 por um americano do Ohio, sendo que foi usado para corridas vintage e shows, que decidiu agora colocar à venda. Esta é a primeira vez que o 250 GTO está disponível em 38 anos e promete bater recordes – outros 250 GTO renderam fortunas em leilões: a Bonhams recebeu 38,115 milhões de dólares (cerca de 35,89 milhões de euros) por um exemplar em 2014.