Ministro avisa que esta semana deverão entrar ou sair municípios da lista dos que têm restrições
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse esta terça-feira que podiam ser retirados alguns municípios e acrescentados outros à lista dos que têm restrições.
Esta quinta-feira, o Governo vai proceder a uma “reavaliação da situação epidemiológica” no país nos 121 municípios e “admite a possibilidade de retirar alguns da lista ou colocar outros onde a pandemia evolui negativamente”, informou Eduardo Cabrita, em declarações à imprensa no final da reunião da Estrutura de Monitorização do estado de emergência.
O responsável acrescentou que “nestes dois dias de limitação de circulação na via pública” foi verificada uma “adesão generalizada por parte dos cidadãos”.
Além disso, lembrou que era “necessária necessária uma travagem das atividades não essenciais” de forma a conter a pandemia em Portugal.
“Para travar esta tendência de crescimento [de novos casos], sobretudo, para permitir que os serviços de saúde tenham uma capacidade de resposta é essencial uma restrição das atividades não essenciais”, referiu.
Eduardo Cabrita lembrou há “quase 80 mil casos ativos” e realçou a importância de tomar medidas que ajudem a travar a evolução da pandemia. “Há aproximadamente cerca de 500 casos por 100 mil habitantes em Lisboa e perto de 1000 por cada 100 mil habitantes no Norte”, acrescentou.
O governante, que fez um balanço das medidas em vigor, acredita ainda que a “resposta” passa pela “capacidade individual de cumprir com o que são regras de saúde”.
Sobre a ação das forças de segurança na fiscalização do recolher obrigatório, o ministro da Administração Interna sublinhou que tem sido “extremamente ativa” e admitiu que esta possa ser “mais intensa durante o período do fim de semana do que no período noturno” de limitações à circulação.
O fecho de estradas e ferrovias “não deixará de ser usado se for necessário”, acrescentou.
Eduardo Cabrita lembrou ainda que as forças de segurança podem mandar os cidadãos regressar ao seu domicílio e identificar situações em que sejam cometidos crimes de desobediência.
O ministro afirmou ainda que acredita que a resposta para o desafio da Covid passa pela “responsabilidade individual de cada um cumprir regras de saúde” e que o relato feito pelas forças de segurança aponta para “um respeito generalizado, traduzido numa baixíssima circulação nas duas últimas noites”.
Assim, apelou ao “estrito respeito de todos os operadores económico, mas sobretudo dos cidadãos, pelas recomendações que visam garantir a saúde e segurança de todos” e ao “sentido de ficar em casa”, mais do que “refletir de forma criativa sobre circunstâncias excecionais em que se pode circular”.
“Ter uma restrição significativa de convívios sociais, familiares e respeitar rigorosamente as recomendações das autoridades de saúde”, detalhou Cabrita.