Ministra da Saúde reúne-se hoje com sindicato de enfermeiros já com greves no horizonte

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, recebe hoje o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para uma reunião para o início da negociação da alteração da grelha salarial e das questões de carreira.

Recorde-se que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) convocou para 4 de julho uma greve visando os enfermeiros dos centros de saúde das Unidades Locais de Saúde de Amadora/Sintra, Estuário do Tejo, Loures-Odivelas, Santa Maria, São José e Lisboa Ocidental.

Os enfermeiros exigem melhores condições salariais e de carreira.

Segundo o pré-aviso publicado na imprensa, a greve, convocada pelo SEP – decorre entre as 8 e as 24 horas e abrange os turnos da manhã e tarde -, inclui a prestação de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de “necessidades sociais impreteríveis”.

Entre os objetivos da greve estão a “justa e legal contabilização dos pontos detidos para efeitos de progressão, nomeadamente os relativos aos biénios 2019-2020 e 2021-2022, a contabilização de 1,5 pontos entre 2004 e 2014 e o pagamento atualizado e dos devidos retroativos, desde 2018, decorrentes das mudanças de posição de carreira.

É ainda exigida a operacionalização do designado ‘acelerador de carreira’, a transição para a categoria de enfermeiro especialista de todas as enfermeiras que não transitaram, “pelo legítimo exercício do seu direito de parentalidade”, a vinculação efetiva de todos os que tenham vínculo precário e a contratação de mais enfermeiros, de acordo com as necessidades.

O anúncio desta greve surge um dia antes da reunião agendada com a ministra da Saúde para o início da negociação da alteração da grelha salarial e das questões de carreira.

Os enfermeiros estiveram em greve no passado dia 10 de maio, mas a nível nacional, numa paralisação também convocada pelo SEP para exigir o início do processo negocial com fixação de memorando de entendimento sobre as matérias a negociar (contagem de pontos, carreira de enfermagem e outros aspetos) e o respetivo calendário.

A greve de maio, que envolveu também uma concentração no Campo Pequeno, em Lisboa, teve uma adesão de 76,8%, segundo o SEP, sendo os efeitos mais visíveis nos blocos operatórios e nas consultas externas nos hospitais.

Ler Mais