Ministério da Saúde não quer sinais de “encerrado” nas urgências dos hospitais: saiba qual é a nova estratégia do Governo

O Ministério da Saúde indicou aos departamentos de comunicação das ULS (Unidades Locais de Saúde) que não divulguem que os seus serviços de urgência vão estar temporariamente encerrados ao exterior.

Nos últimos dias, algumas ULS foram fazendo chegar à comunicação social a informação de que as suas urgências hospitalares – sobretudo de ginecologia, obstetrícia e pediatria – estão encerradas durante alguns períodos por falta de recursos humanos.

No entanto, revela o jornal ‘Público’, a estratégia mudou, sendo que os mapas deixaram de ser divulgados desde o início do mês: a ordem é não anunciar que os serviços vão estar fechados e insistir para que grávidas e pessoas que necessitem de ir à urgência devem ligar sempre primeiro para a linha SNS 24.

No email do Ministério da Saúde, pode ler-se que “verificámos que algumas ULS ainda não estão a seguir as indicações do gabinete da Sra. ministra da Saúde relativamente à divulgação da campanha SNS Grávida e Linha SNS24″ enviada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no “dia 31 de maio”.

“A informação deve, assim, restringir-se à linha SNS 24 e à linha SNS grávida”, que são a “porta de entrada para o SNS”, recorda. “Não vemos qualquer interesse para os utentes anunciar que a urgência X vai estar encerrada”, frisa o gabinete da ministra.

“Alertamos ainda para, em caso de constrangimento, não colar à porta da urgência nenhum cartaz a dizer ‘Encerrado’, mas sim colocar informação relativa às linhas”, reforça a mensagem eletrónica.

O objetivo, indica o Ministério da Saúde, “é não criar alarme social”. “O que tem que estar na porta é um cartaz enorme a dizer ligue para a linha SNS 24. E estar lá uma pessoa a ajudar a ligar. Porque muitas destas pessoas nem têm transporte para ir de um sítio para outro”, conclui.

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