Ministério da Saúde alerta para mensagem fraudulenta sobre variante da Covid-19
O Ministério da Saúde alerta para uma mensagem fraudulenta que circula nas redes sociais sobre a variante XBB do coronavírus SARS-CoV-2.
“A informação em causa não foi emitida pelo Ministério da Saúde, nem por nenhum dos organismos sob a sua tutela”, alerta, em comunicado.
O estudo de monitorização da disseminação do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, através da análise do genoma deste vírus pandémico, é coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com uma vasta rede de hospitais e laboratórios a nível nacional.
A sequência completa do genoma é identificada no INSA com recurso a tecnologias de sequenciação de nova geração e análise bioinformática através da plataforma online INSaFLU. Até à data, foram analisadas pelo INSA cerca de 50 mil sequências do genoma de SARS-CoV-2.
Segundo o último relatório do INSA (divulgado no dia 11 de junho), a linhagem XBB (e suas descendentes) foi dominante em Portugal desde a semana 10 até à semana 43 de 2023, registando uma tendência decrescente desde então. Na última amostragem (semanas 19/2024 a 22/2024), a linhagem XBB apresentou apenas níveis residuais de circulação.
Pelo contrário, a sublinhagem BA.2.86 (com características evolutivas e antigénicas consideravelmente diferentes da XBB), a qual é dominante em Portugal desde a semana 44 de 2023, apresentou, na última amostragem, uma frequência relativa de 98,3%.
Entre as descendentes da BA.2.86, é de salientar a predominância da sublinhagem KP.3 (51.3% entre as semanas 19/2024 e 22/2024), a qual, de acordo com o mais recente relatório da ECDC (‘European Centre for Disease Prevention and Control’), se encontra sob monitorização, mas para a qual ainda não existem evidências sobre a sua potencial associação a uma maior severidade de doença.
O mais recente relatório de monitorização do INSA está disponível para consulta no site (aqui), e será publicada nova atualização no próximo dia 16.
Em caso de teste positivo à Covid-19, e de acordo com a Direção-Geral da Saúde, é fundamental que nos primeiros 5 dias de sintomas – tosse, febre, for de cabeça, dificuldade respiratória – se mantenha o distanciamento físico e utilize máscara na presença de outras pessoas, bem como que se minimizem as deslocações e a frequência de espaços com aglomerados de pessoas (e.g., convívios sociais), com vista a evitar o contágio de pessoas mais vulneráveis e que podem ter sintomas mais graves.