Mineração de Bitcoin na China perto de gerar tantas emissões de carbono como a Dinamarca ou Irlanda

O impacto ambiental das criptomoedas continua a dar que falar. Um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications mostra que a mineração de Bitcoin na China pode, em breve, gerar emissões de carbono ao nível de alguns países da Europa, como a Dinamarca ou a Irlanda.

Reportado pela CNN, o estudo indica que a crescente popularidade da Bitcoin deverá levar a mais de 130 milhões de toneladas de emissões de carbono só na China, até 2024 – ano em que está previsto o pico do consumo de energia desta tecnologia. Trata-se de um valor superior ao registado pela República Chega ou pelo Qatar, em 2016, por exemplo.

Recorde-se que a Bitcoin tem ganho cada vez mais adeptos graças aos contantes aumentos do seu valor no mercado. O problema é que a mineração desta moeda digital requer quantidades significativas de eletricidade, o que significa que existe uma relação direta entre o aumento das transações associadas à Bitcoin e o tamanho da pegada de carbono.

A China, em particular, tem florescido com o crescimento da Bitcoin, transformando-se numa espécie de meca tecnológica. Segundo o estudo, se a indústria de Bitcoin da China fosse um país, o seu consumo total de energia ocuparia o 12.º lugar do ranking global de 2016 (dados utilizados para a elaboração da análise). Ficaria à frente de grandes potências como a Itália ou a Arábia Saudita.

Atualmente, a China já responde por mais de 75% do “hash power” de Bitcoin de todo o Mundo. Trata-se da energia que um computador ou outro equipamento utiliza para resolver os algoritmos responsáveis por gerar novas criptomoedas e por permitir a realização de transações.






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