Milhares de soldados da NATO participam no maior exercício anfíbio de sempre no Mar Báltico

Cerca de 9 mil soldados de 20 países da NATO têm participado, ao longo do mês de junho, em exercícios militares na região do Mar Báltico, que se tornou estrategicamente sensível após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Suécia, que já tinha participado nos exercícios no passado, integrou pela primeira vez os exercícios Baltops – os maiores de sempre – como membro de pleno direito da NATO, depois de aderir à aliança militar transatlântica no início de 2024.

As semanas de treino tiveram exercícios de varreduras de minas marítimas, deteção de submarinos, desembarques e resposta médica a situações de vítimas em massa: o objetivo é melhorar a interoperabilidade das forças e destacar o compromisso aliado com a segurança conjunta, de acordo com os responsáveis da NATO.

Os exercícios da marinha, da força aérea e das tropas terrestres estão a ser realizados no Mar Báltico, bem como na Suécia e na sua ilha estratégica de Gotland, e na Lituânia, Polónia e Alemanha: vão durar até esta quinta-feira e incluem cerca de 50 navios e 85 aviões de combate e helicópteros – são organizados pelas Forças Navais de Ataque e Apoio da NATO e pela 6ª Frota da Marinha dos EUA.

No fundo do Mar Báltico constam grandes gasodutos, desde a Rússia e a Noruega até à Alemanha, Polónia e outros países europeus, tornando-a uma região altamente sensível, sobretudo após a invasão da Ucrânia por Putin, em 2022, o que fez aumentar a atividade hostil na área do Mar Báltico.

“Os desafios dinâmicos da região do Báltico exigem uma capacidade anfíbia refinada, precisa e eficiente; e foi exatamente isso que conduzimos na Suécia. O local de desembarque foi intencional: a presença da NATO na Ilha de Gotland é vital para proteger a segurança e a estabilidade do Mar Báltico”, salienta o brigadeiro do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, o general Andrew T. Priddy, chefe do Estado-Maior das Forças Navais de Ataque e Apoio da NATO.

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