“Milhares de professores” impedidos de se reinscrever na Caixa Geral de Aposentações. Fenprof vai hoje pedir esclarecimentos ao Governo

Perante uma realidade de “milhares de professores” que foram impedidos de se reinscrever na Caixa Geral de Aposentações (CGA), a Fenprof vai hoje de manhã pedir esclarecimentos ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Em comunicado a estrutura recorda que muitos dos docentes afetados “recorreram aos tribunais e, invariavelmente, viram satisfeita a sua pretensão, podendo reinscrever-se, o que terá levado o conselho diretivo da CGA a decidir pela possibilidade de todos os interessados se poderem reinscrever”, mas, de forma “surpreendente”, a CGA deu o dito por não dito e quem ainda não tinha de facto feito a reinscrição, passou a deixar de o poder fazer, sem que fosse dada outra explicação “que não fosse a de a situação estar sob avaliação”.

“Face ao justo protesto de quem foi impedido de se reinscrever, a FENPROF solicitou, já por três vezes, reuniões ao conselho diretivo da CGA, mas também à ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que é quem tutela aquela instituição. Nos dois casos, os pedidos de reunião não mereceram qualquer resposta”, denuncia a estrutura sindical.

“Porque o esclarecimento, para além de devido, é urgente, o Secretariado Nacional da FENPROF iniciará o segundo dia da sua última reunião do ano dirigindo-se às instalações do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sitas na Praça de Londres, onde espera ser recebido pela ministra ou por alguém habilitado a esclarecer o problema e a encontrar uma solução.
Esta será a última tentativa de resolver o problema pela via do diálogo, sendo certo que, se não resultar, iniciativas de outra natureza terão lugar”, ameaça a Fenprof, admitindo outras ações de luta e protesto.